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Cabo-verdianos imigram para Santos durante a ditadura de Salazar

Publicado: 3 de outubro de 2019
18h 20

Sob o domínio de Portugal, o arquipélago de Cabo Verde, na costa noroeste da África, era comandado pelo estadista Antonio Oliveira Salazar quando Francisco Tavares, hoje com 81 anos, decidiu deixar o país. Desembarcou em Santos em 1960 e, dois anos depois, veio a esposa, Amandia Lopes Maduro Tavares, agora com 76 anos. A presença da comunidade cabo-verdiana no Brasil hoje é mais forte na região do ABC paulista, mas, em Santos, há vários representantes, que serão prestigiados no 1º Festival do Imigrante, com atrações entre esta sexta (4) e domingo (6) no Centro Histórico.

Há quase 60 anos na Cidade, o casal tem dois filhos brasileiros e três netos. Amandia é natural da Ilha de São Vicente. Francisco veio da Ilha de São Nicolau. Quando comparam suas terras de origem a Santos, impossível não pensar nas praias, principal referência tanto aqui como no arquipélago de ilhas vulcânicas.

"A ditadura salazarista atrasou Portugal em relação aos países da Europa. O negócio era imigrar. Vim me encontrar com minha irmã e logo comecei a trabalhar como gráfico. Anos depois, comprei um táxi’’, conta o imigrante, que acabou se tornando diretor de uma cooperativa de táxis em Santos.

A saudade e a ligação com a África continuam fortes. Em eventos especiais na família, é praticamente regra da casa o preparo da cachupa, prato tradicional de Cabo-Verde que leva canjica, tipos de feijão , legumes, verduras e carne de porco. ‘’É um prato forte, lá eles comem todo dia. Aqui todos gostam e ainda levam para casa’’, conta Amandia. A peixada, com bastante coentro e acompanhada de pirão, é outra comida comum na casa dos Tavares.



FESTIVAL



Shows, teatro e oficinas fazem parte da programação do 1º Festival do Imigrante, que será aberto na noite desta sexta-feira (4). O sábado (5) será o dia de atividades dedicadas à comunidade africana, com a apresentação, a partir das 12 horas, dos Amigos do Balé Afro de Santos e da Banda Querô-Arte no Dique.

 

Santos, a maior porta de entrada de imigrantes do Brasil 

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