Festa nordestina agita zno no final de semana
Conhecer um pouco mais da cultura do Nordeste com muita diversão foi uma das maiores atrações em Santos neste final de semana. Superando o grande público do primeiro final de semana, desta vez mais de 50 mil pessoas visitaram a 2ª Festa de Tradição Nordestina, entre sexta e domingo. Além de conferir o melhor do forró, puderam ainda prestigiar o trabalho de mais de 150 pessoas, nas dezenas de barracas que comercializam doces, salgados e bebidas típicas do nordeste. No sábado (14), enquanto dona Orlanda de Ramos, uma baiana muito simpática, caracterizada, preparava o acarajé, um casal de senhores que já foi até a Bahia e não teve coragem de experimentar o salgado por causa da pimenta, aguardava ansioso para provar o quitute da baiana. Dona Maria Lúcia e a neta, Cássia, estavam adorando a festa. O elogio foi para as comidas típicas. Adoramos a pamonha. Aliás a comida daqui está de ótima qualidade, afirmou a avó. Os shows de forró e lambaeróbica, capoeira, oficinas artísticas, Espaço Leitura e literatura de cordel e artesanato eram outras opções garantidas de lazer. Porém, não era só o público que aproveitava o evento. Para a comerciante Maria Elenilde, da barraca Pastéis Baianos, o movimento estava ótimo todos os dias. No primeiro dia fechamos com chave de ouro. DESTAQUE O Museu Centro das Tradições Nordestinas é outra atração imperdível. Os visitantes não podem deixar de conferir a estátua de cera do Frei Damião, que tem impressionado muita gente devido aos mistérios que a rodeiam. Segundo consta, o Frei Damião, considerado santo pelo povo nordestino, teria aparecido em visões para o cético artista plástico Joaquim Antonio Vila Real. Após ter contato com algumas fotos do religioso, o artista começou a fazer a imagem. Ele conta que ficou fechado durante 19 dias no ateliê, período em que afirma ter feito vários contatos com o Frei. Mas o mistério mais intrigante da estátua está nas veias que teriam aparecido no pé direito. Além da estátua, o público pode observar também a imagem do padre Cícero, e ler várias reportagens que contam sobre a vida dos dois religiosos. Objetos típicos da região do Nordeste, entre eles cesto, chapéu, rede, peneira, esteira e abanador também são atrativos do museu. A 2ª Festa da Tradição Nordestina é uma promoção do Departamento de Assuntos Comunitários da Zona Noroeste (Deac/ZNO) e do Centro de Tradições Nordestinas de São Paulo. Quem quiser comparecer ainda dá tempo. Esta semana, em virtude do ponto facultativo de Corpus Christi, a festa reinicia quinta-feira (19), das 18 à meia-noite, mesmo horário da sexta. No sábado e domingo, dia do encerramento, o horário é de meio dia à meia-noite. O Jardim Botânico Chico Mendes fica na Rua João Fracarolli s/nº, Zona Noroeste.