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Feira Literária na Martins Fontes agrada estudantes e terá nova edição

Publicado: 22 de agosto de 2018
16h 16

A I Feira Literária da unidade municipal Martins Fontes (Morro da Penha), realizada entre segunda-feira (20) e quarta-feira (22), está com a segunda edição garantida no próximo ano. Os 330 alunos de 1º a 9º ano, educadores e funcionários se uniram para realizar o evento.

“Todos adoraram. Fizemos várias ações. Além de trazermos autores para conversar com os alunos, produzimos um vídeo dando recomendações literárias, entregamos livros doados com marcadores, e os que são de 6º ao 9º ano montaram uma tenda literária e contaram histórias para os menores”, destacou a diretora, Márcia Helena Vieira Monteoliva. Ela disse que uma cozinheira contou histórias, além de uma auxiliar de limpeza, de origem argentina, que utilizou o espanhol, com tradução posterior.

A aluna Maria Eduarda de Oliveira Silva, 13, afirmou que a Feira Literária aumentou muito o interesse dos colegas na leitura. “Hoje, contei umas dez histórias na tenda literária. Todos queriam ouvir. Achei ótima a ideia da Feira”.

O idealizador do evento, o professor de Língua Portuguesa José Carlos dos Santos, declarou que sente nos estudantes a dificuldade de leitura e na produção de textos. “Aí pensei em fazer algo para incentivá-los a ler, pois quem lê muito, escreve bem e a escola inteira participou. Queria que eles vissem o livro como algo especial e deu certo. No ano que vem haverá outra feira”.

Encerramento teve apresentação de quadrinhos

Bem ao gosto dos adolescentes, Aggeu Luna, 38, fez uma apresentação sobre histórias em quadrinhos (HQs). Ele é formado em Comunicação e Cinema (FAAP), é educomunicador pelo Núcleo de Comunicação e Educação (USP) e licenciado em Artes. Atua como professor desde 2001 em projetos sociais, rede municipal e estadual de ensino e na pós-graduação em Educomunicação da USP. No Sesc desde 2012, participou da implantação do programa Curumim em Itaquera e Campo Limpo, e hoje atua no Curumim do Sesc Santos.

Aggeu começou falando de sua origem, no Capão Redondo. Disse que assistiu a desenhos animados e leu muitas histórias em quadrinhos. Sua fama de 'devorador' de gibis se espalhou e todos doavam exemplares para ele. “Meu tio do Rio de Janeiro sempre me trazia gibis do Zé Carioca. Gostei e passei a ler Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali”.

O educador ressaltou que foi percebendo que os quadrinhos o estavam fazendo crescer como pessoa. “Me empurravam para algo melhor, eu refletia no que devia fazer ou não”. Aggeu apontou desenhos diferentes, com giz de cera e aquarela. Discorreu sobre diversos heróis e cenas que o marcaram, misturando desenhos e filmes inspirados em HQs. “Nos desenhos a gente vê a alma das personagens, na tela não”. Finalizou fazendo 'quiz', sorteios de gibis e doação de uma coleção de Os Vingadores.

Para Matheus Sales dos Santos, 15, que prefere quadrinhos de ação e terror, a apresentação foi bem interessante porque mostrou o outro lado das HQs. “Muitos acham que é só para crianças”. Ele também elogiou a Feira Literária. “Ajuda a melhorar a leitura e a conversa entre amigos com os novos conhecimentos”.

OUTROS CONVIDADOS

Na segunda-feira (20), Gabriel Sampaio falou sobre Histórias em Quadrinhos para adolescentes. Na terça (21), foi a vez de Anguair Gomes dos Santos, autor de 'Zabelinha – História que Vovó Contava', sobre diversidade, e da poetisa e pedagoga Ludimar Gomes Molina.

Foto: Marcelo Martins