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Feira de artesanato leva colorido especial ao Jardim Botânico de Santos

Publicado: 13 de março de 2022 - 16h29

Grande diversidade de produtos com um festival de cores, preços populares e forte participação comunitária, além de música, dança, curso de autodefesa e até um desfile de moda. Assim foi a 6ª edição da Feira do Coletivo de Artesãs da Zona Noroeste, realizada neste domingo (13) no Jardim Botânico Chico Mendes (Rua João Fracarolli s/nº, Bom Retiro).

No espaço da artesã Janete Ribeiro, diversos personagens coloridos de programas de TV e revistas em quadrinhos se destacavam. “Minha intenção é dar vida aos tecidos, transformá-los em arte”, conta Janete, que há 10 anos produz artesanato.

Já a representatividade era o destaque da barraca de Elizete Rosa, que comercializa bonecas negras e com cabelos afros. “A criança negra precisa se enxergar nos brinquedos, perceber o quanto são bonitas como elas são, sem aquele ideal irreal de beleza. Na minha época não tinha isso e eu sofria demais”.

Outra barraca tomada pelas cores fortes era a da artesã Aparecida Schimith, empreendedora há 8 anos no ramo de confecção de bolsas. “Uma vez queria comprar uma bolsa e o preço estava muito caro. Eu mesmo fiz uma e as minhas amigas gostaram e também pediram. Foi aí que percebi que eu poderia investir nesse meio”.

CLIENTES

Os moradores e visitantes do parque comparecem e com muita vontade de comprar. A vendedora Márcia Santos Lima, por exemplo, aproveitou o dia de folga para mudar de papel e comprar das artesãs. “Vim de olho nos panos de prato. Gosto muito dos bordados, da qualidade da pintura, e é um trabalho muito lindo que elas fazem”.

Já para a administradora Luciana Justino, o evento é mais um atrativo para a comunidade local visitar o Jardim Botânico. “Não é apenas um incentivo ao artesanato e ao empreendedorismo, é bom também para trazer as pessoas para cá. Vim no mês passado comprar e voltei com encomendas de amigas”.

VISIBILIDADE

Para a coordenadora da feira, Iracema Aguiar Menezes, a exposição é importante para dar visibilidade ao trabalho das diferentes artesãs. “Nós ocupamos um espaço importante para mostrar esse trabalho e interagir com a comunidade. Cerca de 90% das participantes da feira são moradoras da Zona Noroeste, o que ajuda a fomentar demais a economia local”.

Com o apoio das secretarias de Empreendedorismo, Economia Criativa e Turismo (Seectur) e de Meio Ambiente (Semam), a iniciativa surgiu quando doze mulheres se reuniram em um espaço comunitário para fazer crochê duas vezes por semana. Quando a pandemia e o isolamento social assolaram o mundo em 2020, as reuniões se transformaram em virtuais.

Até metade de 2021, as artesãs comercializavam as peças individualmente. Em 26 setembro de 2021, foi realizada a primeira feira, que planejava mobilizar um grande número de pessoas para comprar e ajudar as mulheres. “Nossa intenção agora é conseguir tornar a feira um evento fixo, para fomentar ainda mais essa importante fonte de renda local”, revela Iracema.

Fotos: Rogério Bomfim.

Galeria de Imagens

Mulher negra com cabelo afro e bonecas com cabelo afro na sua frente. #pratodosverem
Elizete Rosa: "A criança negra precisa se enxergar nos brinquedos".
Mulheres observam barraca com toalhas de mesa. #pratodosverem
Exposição tem grande variedade de produtos a preços populares.