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Fams lança livro digital sobre a maior tragédia natural da Cidade

Publicado:
8 de março de 2018
17h 48
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A Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams), dentro de seu projeto de produção de livros digitais, lança neste sábado (10), o trabalho A Tragédia do Monte Serrat na Cobertura do Correio Paulistano, que trata dos fatos que compuseram a maior catástrofe de causas naturais da Cidade, ocorrida em 10 de março de 1928.

A maior tragédia santista de causas ‘naturais’, o desbarrancamento do Monte Serrat, há exatos 90 anos, foi também o fato histórico local de maior provocação emotiva, de comoção generalizada, para o Brasil e para o mundo. As aspas apontadas na primeira frase deste parágrafo colocam uma aura de questionamento para as ‘causas’ do acidente, apontado por muitos órgãos de imprensa como uma ‘tragédia anunciada’, em função da operação sem critérios da extração de pedras na face norte do mais famoso dos morros da Cidade.

A dor santista pelas mortes violentas de 81 moradores da Travessa da Santa Casa (28 crianças, 19 mulheres e 34 homens) foi integralmente registrada nas páginas de dezenas de jornais brasileiros e estrangeiros. O drama das buscas e dos sobreviventes era contado a cada passo, assim como o receio de novos desmoronamentos e o destino da Santa Casa de Misericórdia de Santos, o mais antigo hospital do Brasil, fundado em 1543 por Braz Cubas. 

Entre os meios de comunicação que destinaram equipes especiais para acompanhar cada passo desta dura e triste jornada, estava o Correio Paulistano, periódico lançado em junho de 1854, sendo este o primeiro jornal diário paulista e o terceiro do País. O Correio não poupou tinta para descrever passo a passo o drama santista, o que mereceu a atenção da equipe de pesquisa da Fundação Arquivo e Memória de Santos, que lança este livro digital contendo a descrição original (com ortografia ajustada) das edições publicadas entre 11 e 21 de março de 1928.

A publicação digital da Fams, mais uma entre as que estão sendo lançadas, é um instrumento que oferece uma contribuição às pesquisas acerca deste fato histórico trágico, que marcou indelevelmente uma geração e modificou aspectos importantes do mecanismo social santista.

O diretor técnico da Fams, jornalista e historiador Sergio Willians, organizador do trabalho, destaca que o serviço de compilação de fatos históricos publicados na imprensa são essenciais para a reconstrução das memórias da Cidade. “Trata-se de uma fonte primária de enorme importância. O que estamos fazendo é construir uma biblioteca histórica de temas relevantes que tenha condições de oferecer informações condensadas, contribundo às pesquisas acadêmicas e de estudantes diversos, além de jornalistas e outros interessados na história”.

Consulte a biblioteca digital da Fams.