Exposição e visita monitorada ao Outeiro de Santa Catarina permitem mergulho na história de Santos

Ao comemorar o aniversário da Cidade, o santista terá o privilégio de conhecer onde começou a sua história visitando o Outeiro de Santa Catarina, que vai funcionar de quarta-feira (25) a domingo (29), com duas atrações: a exposição Santos 477 anos – Uma Cidade em Evolução e a visita monitorada à edificação.

A exposição ilustrada com fotos e imagens de Santos em várias épocas ficará no jardim do Outeiro. São 17 banners com dimensão de 1,10 metro x 1,50 metro, contando a trajetória desde o povoado, passando pelos principais acontecimentos até os dias atuais.

A visita monitorada ao ponto histórico vai apresentar detalhes sobre a fundação de Santos no lugar onde tudo aconteceu. O visitante terá acesso à casa de João Éboli e à sua gruta, numa verdadeira volta ao passado.

O Outeiro de Santa Catarina abrigou as primeiras casas, a capela e o Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Todos os Santos, considerado o primeiro do País, em 1543. Suas rochas são remanescentes desta época.

Segundo o historiador Dionísio de Almeida, da Fundação Arquivo e Memória de Santos, elas são ainda mais antigas do que a própria Vila de Santos. “Com certeza, as pedras estão aqui há milhares de anos”.

O fundador Braz Cubas e demais colonizadores escolheram se estabelecer no outeiro, por volta de 1532, pela segurança. “Era costume dos portugueses se abrigarem em locais próximos a morros porque era possível observar, do alto, se algum perigo estava próximo”, explica.

SANTA CATARINA E OS PIRATAS

Outro colonizador foi Luiz de Góis que construiu uma capela no Outeiro e colocou a imagem da Santa Catarina de Alexandria trazida de Portugal. A capela tornou o morro conhecido como Outeiro de Santa Catarina.

Em 1591, o pirata inglês Thomas Cavendish saqueou as vilas de Santos e São Vicente, destruindo a Capela de Santa Catarina e lançando a imagem da Santa ao mar. Em 1663, uma reviravolta: um grupo de escravos que pescava nas imediações do Outeiro encontrou a imagem de Santa Catarina, que até hoje continua preservada no Museu de Arte Sacra de Santos, sendo a mais antiga do acervo.

GRUTA

Em 1880, sobre as rochas do outeiro, o médico abolicionista João Éboli construiu uma casa acastelada, em cuja gruta, na parte baixa da residência, ajudou a esconder os escravizados em fuga. A casa, que foi recentemente reformada pela Prefeitura, é a sede da Fundação Arquivo e Memória de Santos.

A exposição Santos 477 anos, uma Cidade em Evolução e a visita monitorada à casa de João Éboli e à gruta serão abertas ainda nesta quarta-feira (25), às 18h, e permanecerão de quinta (dia 26) a domingo (dia 29), das 11h às 17h, com entrada gratuita. O endereço é Rua Visconde do Rio Branco, 48, Centro Histórico.