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Evite contaminação com doenças transmitidas por pombos

Publicado: 9 de agosto de 2019 - 15h59
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'Ratos que voam'. Popularmente difundida, a definição se refere aos pombos, animais que, a exemplo do mamífero, também trazem prejuízos à saúde dos humanos. Para reduzir os impactos causados por essas aves, é necessário diminuir ao máximo as condições que favorecem a sua proliferação.

A população é uma grande aliada do poder público, seja para fazer as mudanças necessárias no ambiente em que vive ou denunciar situações passíveis de fiscalização. No primeiro semestre de 2019, a Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses (Sevicoz) fez 116 fiscalizações com foco em pombos, após denúncias na Ouvidoria Municipal.

Para sobreviver e se reproduzir, os pombos necessitam de '4 As': água, alimento, acesso e abrigo. Embora o primeiro elemento não seja possível evitar, os demais são. Não oferecer alimentos a qualquer tipo de ave e não jogar restos orgânicos sem o acondicionamento devido já ajuda a afastar os pombos, que costumam se concentrar em regiões onde a oferta de alimento é maior.

Não havendo comida, a ave tem a sua capacidade de reprodução diminuída e migra para outra região, em busca de melhores condições de sobrevida.

O acesso a um local que sirva como abrigo também favorece a proliferação do pombo, em especial durante o período reprodutivo e de incubação dos ovos, que dura apenas 19 dias. Os lugares preferidos dos pombos para fazer seus ninhos são telhados, forros, caixas de ar-condicionado e marquises.

Para afastar os pombos desses locais, são necessárias algumas adaptações que trazem bons resultados: retirar ninhos e ovos; vedar buracos ou vãos entre paredes, telhados e forros; telar varandas, janelas e caixas de ar-condicionado; instalar trilho elétrico, passarinheiro ou cabo de aço tensionado no telhado para que não pousem.

Vale lembrar que os pombos são animais protegidos por lei e não podem sofrer maus-tratos.

CUIDADOS COM AS FEZES

 

As doenças mais comuns transmitidas pelos pombos aos seres humanos são provenientes de suas fezes. É o caso da salmonelose, histoplasmose e criptococose.

A salmonelose, provocada pela bactéria Salmonela spp, acomete a pessoa que ingeriu alimentos com resquícios de fezes de pombo contaminadas. Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, falta de apetite, cólicas, diarreia com ou sem sangue.

A histoplasmose, causada pelo fungo Histoplasma capsulatum, atinge o ser humano após a aspiração do fungo presente nas fezes do pombo. A doença ataca o sistema respiratório e não costuma causar sintomas em sua forma aguda. Já na forma crônica, que geralmente acomete pessoas com o sistema imunológico comprometido, provoca tosse seca, febre, dor no peito e nas juntas e inchaço nas pernas. Em casos mais severos, dá sudorese excessiva, falta de ar e tosse com sangue.

 

Já a criptococose, causada por fungos do gênero Cryptococcus, pode levar à morte dependendo do tipo de fungo que acomete a pessoa após inalação. Frequentemente, a doença atinge o sistema neurológico, causando meningite subaguda ou crônica, cujos sintomas são febre, fraqueza, dor no peito, rigidez na nuca, dor de cabeça, náusea, vômito, suor noturno, confusão mental, alterações de visão, podendo haver comprometimento ocular, pulmonar e ósseo.

“Limpar as fezes dos pombos requer cuidados, já que os fungos nelas presentes não podem entrar em contato com as vias aéreas dos seres humanos. Para evitar o contágio, basta lavar o local com água clorada; jamais varrer ou usar pano seco. Pode-se ainda proteger o nariz com algum pano ou lenço”, ensina Laerte Carvalho, veterinário da Sevicoz.

 

AÇÕES PREVENTIVAS

 

O grupo de Informação, Educação e Comunicação (IEC) da Secretaria de Saúde realiza trabalho educativo e de conscientização em relação às pragas urbanas (pombos inclusos) por meio da Casa do Saber, cenário itinerante que reproduz o ambiente doméstico e por meio do qual são realizadas as atividades lúdicas tanto para crianças quanto adultos em escolas, empresas e locais públicos.

CASA DO SABER

 

“Os maus hábitos do cotidiano e o desconhecimento da natureza destes animais facilitam sua chegada e permanência. Com as atividades da Casa do Saber, distribuição de material informativo à população e capacitação dos agentes de controle de endemias e dos agentes comunitários de saúde, aumentamos o alcance das informações e propagamos multiplicadores que potencializam as ações de prevenção”, destaca Liseane Quadros, chefe do IEC.

Representantes de empresas, escolas e condomínios que quiserem levar o projeto Casa do Saber – Pragas Urbanas e a equipe do IEC para orientação, pode realizar agendamento pelo telefone 3257-8036 ou pelo e-mail iecdengue@santos.sp.gov.br. Além dos pombos, são abordados ratos, caramujos africanos, mosquitos e doenças causadas por animais como raiva e leishmaniose.

“Contamos com o apoio da população para dar mais visibilidade ao trabalho educativo, de forma a reduzir ou eliminar a reprodução dos pombos em meio urbano”, destaca a chefe do Departamento de Vigilância em Saúde, Ana Paula Valeiras.

 

DENÚNCIAS

 

Pessoas que alimentam pombos; acúmulo de fezes de aves sem a devida higienização; descarte indevido de matéria orgânica que atrai pragas urbanas; locais inabitados que atraem grande número de pombos. Estas são as principais denúncias recebidas pela Sevicoz, que checa a informação no local dos fatos e orienta os munícipes em relação ao que deve ser feito.

As denúncias devem ser feitas à Ouvidoria Municipal, pelo telefone 162; pelo site www.santos.sp.gov.br/ouvidoria ou pessoalmente, de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas, no Paço Municipal (Praça Mauá s/nº – térreo).

 

 

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