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Estruturas em formato de peixe e tubarão-baleia ajudam a reduzir lixo na praia de Santos

Publicado:
23 de maio de 2019
17h 56

ANDRESSA LUZIRÃO

Na faixa de areia da Ponta da Praia até o Gonzaga, Lorenzo Lisboa, 5 anos, com um saco plástico nas mãos, recolhia tudo o que via pela frente na tarde desta quinta-feira (23) - tampinha de garrafa PET, copinho de iogurte e embalagem de biscoitos. Quando chegou próximo à estrutura em formato de tubarão-baleia, que fica em frente à Concha Acústica para descarte de lixo reciclável, ele foi até lá depositar o ‘montante’. “Juntei para salvar o mundo”, disse o pequeno, dando exemplo de cidadania e consciência.

Ele estava acompanhado da mãe, a cabelereira Gabrielle Lisboa, 28, e da tia Benedita Vital, 71, que vieram de Iguape (Vale do Ribeira) passar uns dias em Santos. “Sempre fazemos isso, catamos o lixo que está jogado na rua”, falou a mãe. Ela quis mostrar para o filho as duas esculturas em formato de peixe e tubarão-baleia instaladas na areia da praia dos bairros Boqueirão e Gonzaga com o objetivo de sensibilizar e conscientizar a população sobre a preservação ambiental. “Vimos a iniciativa de Santos na TV e viemos conhecer. Falei para ele que ia trazê-lo aqui. São ações importantes, pois temos que cuidar da natureza e ajudar o planeta”, acrescentou Gabrielle.

Da estrutura em formato de peixe, de 3 metros de altura e construída com material reciclado, foi coletada até agora 1,5 tonelada pela ONG Sem Fronteiras, desde que foi instalada pela Prefeitura em fevereiro na praia do Boqueirão, por meio do programa Recicla Praia. “Além de obra de arte, são locais disponibilizados para o descarte de material reciclável e que precisam ser mais utilizados pelo santista e pelo turista. É a oportunidade que todos têm, depois de passar um dia na praia, de contribuir com a preservação do ambiente”, afirmou o presidente da ONG Sem Fronteiras, Marcelo Adriano da Silva.

A armação de metal do tubarão-baleia, no Gonzaga, instalada em março pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) dentro do lançamento do Plano de Ação Nacional de Combate ao Lixo no Mar, tem 3,2 toneladas, 15m de comprimento, 5,8 de largura e 2,5 de altura, e foi criada pelo artista plástico goiano Siron Franco, em projeto do MMA. Já a do peixe foi construída em galpões de escolas de samba de Santos por artistas de Parintins, cidade do interior do Amazonas.

Todo o material é coletado por trinta cooperados em situação de vulnerabilidade da ONG Sem Fronteiras, que fazem o recolhimento e a separação do material descartado. Tudo é posteriormente enviado para indústrias de reciclagem.

REFLEXÃO

Quem também descartou material nas estruturas nesta quinta (23) foram os estudantes de nutrição da Unifesp, Gustavo Silva Azevedo e Giulia Sanchez, ambos 22 anos, moradores da Vila Mathias. “É importante para sinalizar o quanto a gente descarta de plástico e também como forma de conscientização para que as pessoas não joguem lixo em local inadequado como a faixa de areia. Essas estruturas nos levam à reflexão”, disse Giulia.

Nos locais devem ser descartados somente lixo reciclável (plástico, papel, metal, vidro, isopor). A fiscalização dos descartes na orla é realizada pelas secretarias de Finanças, Segurança e de Meio Ambiente.

Fotos: Isabela Carrari

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