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Este time fez renascer o bonde

Publicado: 22 de setembro de 2000
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A proposta da Companhia de Engenharia de Tráfego de Santos de dar vida nova a um exemplar de bonde, que estava se deteriorando defronte do Orquidário Municipal, pôde ser concretizada graças ao esforço, boa vontade, conhecimentos técnicos, mas acima de tudo, muito amor à Cidade, de um time de primeiríssima linha. E que time! Entre engenheiros, técnicos e funcionários de vários setores, foram quase 20 atletas. Alguns deles deram seus testemunhos sobre o trabalho que desenvolveram ao longo de quase um ano: Edson dos Santos, pedreiro da CET: é uma honra ter trabalhado na restauração do bonde, pois colaborei para trazer o bonde elétrico de volta à Cidade. Nunca andou de bonde e está ansioso para levar sua família a passear no veículo. Alberto Aparecido Gonçalves, eletricista da CET: Foi gratificante ajudar a restaurar toda a estrutura do bonde, porque tinha que deixar exatamente como era o bonde de antigamente. José Luiz, eletricista da CET: Foi difícil conciliar a parte elétrica (que é nova) com o restante do bonde (que foi restaurado). A eletricidade é o coração do bonde. Alexandre Marciliano, carpinteiro, CSTC. Encontrou, há um ano, as peças do veículo bastante danificadas. Estou orgulhoso em ter trabalhado na recuperação do bonde. Chegou a virar o dia trabalhando no veículo. Yvanny A. C. dos Santos e Reginaldo Carvalho de Andrade, ambos mecânicos da CET: O mais importante de tudo é refazer o bonde, do jeito que era antes, usando equipamentos que foram minuciosamente revitalizados. Antônio Bonfim, funileiro e soldador há 18 anos da CSTC: o único, de todos os funcionários que trabalharam no bonde, a já ter viajado nos antigos bondes de Santos. Como tantas pessoas, também estou ansioso para andar novamente e usufruir de uma beleza que ajudei a fazer. Marcos Rogério G. do Nascimento, engenheiro-elétrico da CET: "O bonde passou a ser quase como um filho, aquele que a gente acompanha o desenvolvimento dia-a-dia. Hoje 'meu filho' está aí, bonito, reluzente e funcionando!" É visível a alegria do time do bonde, como já está sendo apelidada a turma. Eles se dizem felizes por ter trabalhado na reforma do bonde que traz à memória da população santista tantas histórias de um passado nem tão remoto assim. Alguns aspectos interessantes merecem destaque: está registrado na parte de baixo das tábuas que compõem o assoalho do bonde o dia em que foram colocadas e os nomes dos funcionários responsáveis pela sua colocação. Alexandre afirmou que fizeram isso para que sirva de registro num futuro. Mas por unanimidade, o lance mais engraçado de toda a reforma do bonde, foi quando ligaram, pela primeira vez, o bonde elétrico, na própria garagem da CET. Saíram faíscas (normal para um bonde) na parte elétrica, fazendo a maioria dos funcionários, incluindo diretores, dispararem para fora do veículo. Como ninguém havia andado num bonde, eles pensaram que isso poderia ser o início de um grande estouro ou explosão. O fato é que a fiação da garagem da CET é inferior à do trajeto do Centro histórico, por isso as faíscas.

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