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Elos entre sistema de saúde e comunidade, agentes comunitários celebram sua data

Publicado: 3 de outubro de 2021 - 18h49
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Encontrar um colírio vencido na casa de uma paciente com problema de visão. Atender a uma idosa abandonada na cama. Lembrar a uma mãe que a filha precisa tomar vacina. Esses são exemplos dos contatos e atuação dos agentes comunitários de saúde com os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Em Santos, os 273 servidores da categoria comemoram a sua data nesta segunda-feira (04) e, nesta matéria, alguns deles ressaltam a importância de serem o elo entre os serviços de assistência e a comunidade.

Os agentes comunitários têm de morar no bairro onde atuam para uma maior proximidade com os munícipes e também cumprem jornada nas policlínicas. Na Cidade, eles ingressam na rede municipal passando por concurso público e, posteriormente, são submetidos a dois cursos: um de 40 horas e outro com duração de seis meses.

Rodrigo Barros Pinheiro de Souza, de 42 anos, mora e atua como agente comunitário no Campo Grande. "Boa parte da ferramenta de nosso trabalho são as visitas domiciliares", esclarece ele, destacando que o seu bairro foi dividido em seis microáreas para melhor atender os moradores. É ele que conta o caso de ter encontrado um colírio vencido com uma paciente, e relata outras situações comuns em sua jornada, entre elas estão lembrar pacientes diabéticos de tomarem insulina e os pais a levarem os filhos para vacinação.

Quanto à atuação nas policlínicas, ele considera fundamental também por ajudar a esclarecer, para os pacientes, algumas questões apresentadas pelos profissionais de saúde. "Nosso trabalho é gratificante. Muitos pacientes nos chamam pelo nome, confiam em nós". E foi no contato com munícipes que moravam sozinhos - muitos deles idosos - que ele teve a ideia de implantar o Pelotão da Saúde, caminhadas leves feitas semanalmente a partir das policlínicas, como forma de melhorar a qualidade de vida com a ação de socialização.

COM SOL OU CHUVA

Psicóloga de formação, Sandra Ventriglia da Silva, de 59 anos, tem um histórico de 30 anos atuando em projetos e organizações não governamentais (ONGs) com os mais diversos públicos, desde crianças em situação de rua até vítimas de violência sexual. Atuando na Policlínica e na região da Vila Mathias, Sandra se orgulha da profissão de agente comunitário. "Trabalhamos debaixo de sol, debaixo de chuva. É um trabalho que realizo com muito prazer, me sinto em casa".

Entre as atuações que ressalta, Sandra conta a satisfação de atuar junto às gestantes do bairro. "Essa parte é fascinante. Muitas têm dúvidas que, às vezes, outros profissionais não conseguem esclarecer, cabendo a nós explicar e orientar". Ser uma agente comunitária de saúde em meio a uma pandemia, conta Sandra, é de extrema importância. "Esclarecemos várias dúvidas relacionadas às vacinas, por exemplos. A criação desse vínculo com a comunidade é fundamental".

COMEÇO DIFÍCIL

"No começo, era difícil. A equipe era bem reduzida", lembra Angela Cristina Pracaro Ramos, de 53 anos, 13 deles dedicados à atuação como agente comunitária de saúde no Morro São Bento. Ela era técnica de Enfermagem até que decidiu prestar o concurso - passando em primeiro lugar.

"Hoje o número de agentes, aqui no Morro, é bem maior". Desde a época em que começou a atuar, Angela identifica mudanças no atendimento aos munícipes e até no preenchimento do cadastro. "De início, perguntávamos se a pessoa tinha alguma doença, ela dizia que não. E, depois, vinha pedir remédio para pressão alta ou diabetes. Muitos não achavam que isso era doença. Hoje, essa realidade mudou".

Ela conta que as visitas às residências dos moradores cadastrados podem demorar desde 15 minutos até duas horas, quando há necessidade. E se sente realizada quando vê que as pessoas seguem as suas orientações ou quando consegue ajudar, como nos atendimentos a casais de idosos. "Amo muito esse trabalho".

MAIS QUALIDADE

O secretário de Saúde de Santos, Adriano Catapreta, destaca a importância do trabalho da categoria e lembra que os profissionais não interromperam suas atividades nem mesmo na pandemia. “Quero parabenizar todos os agentes comunitários de saúde nesta data. É uma categoria fundamental porque é o nosso elo com a população. Esse grupo faz um trabalho belíssimo, indo na casa dos pacientes, vendo o que acontece no dia a dia das pessoas e, com isso, conseguimos imprimir mais qualidade na Saúde dos moradores".

Fotos: Arquivo pessoal/Divulgação.

Galeria de Imagens

Agente com colete verde, em pé, conversa com senhora sentada no sofá de casa. #pracegover
Angela passou em 1º lugar no concurso e trabalha no Morro São Bento
Senhoras e agente comunitária em pé ao lado de senhora em cadeira de rodas durante festa de aniversário. #pracegover
Sandra (roupa vermelha) tem forte vínculo com moradores da Vila Mathias.
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