Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Eliminação da hepatite C até 2030 é discutida em jornada em Santos

Publicado: 24 de julho de 2019 - 18h26
PORTAIS

“Podemos dizer que conseguiremos eliminar a hepatite C, com a garantia de medicamentos, até 2030”. A frase é de Karen Tonini, farmacêutica do Ministério da Saúde que esteve na manhã desta quarta-feira (24) na Jornada dasHepatites, evento promovido pela Secretaria de Saúde de Santos em parceria com o grupo Esperança. O plano brasileiro para que essa expectativa se concretize vai ao encontro da meta da Organização Mundial de Saúde (OMS),estabelecida na 69ª Assembleia Mundial de Saúde, de 2016.

Para conseguir essa eliminação, é necessário garantir o tratamento de 50 mil brasileiros todos os anos. Para que fosse possível essa disponibilidade, foi realizado um novo formato de aquisição dos medicamentos pelo Ministério – cada tratamento custava quase 11 mil dólares em 2015 e hoje sai por 1.232,81 dólares ao governo, uma economia de 89%.

O tratamento atualmente fornecido na rede pública tem obtido sucesso com a cura de mais de 90% dos pacientes e é oferecido a qualquer pessoa que tenha recebido o diagnóstico da hepatite, independente do grau de lesão que apresente no fígado.

A eliminação da doença no País, no entanto, inclui ainda a ampliação de testagem para a identificação de novos casos da hepatite C, em especial os precoces, e em pessoas assintomáticas (grupo hoje estimado em 500 mil indivíduos no Brasil).

No município de Santos, a expectativa é a hepatite C seja eliminada dentro do prazo esperado. “Santos tem uma rede de saúde que permite aos pacientes fazerem a testagem de hepatite nas policlínicas e no Centro de Controle de Doenças Infectocontagiosas, além da oportunidade em em campanhas. Há também estrutura para atender os pacientes positivos. O grande desafio é descobrir onde estão essas pessoas que ainda não sabem que têm a doença”, destaca o hepatologista Antônio Carlos Armesto, que atende pacientes com hepatites no Centro de Controle de Doenças Infectocontagiosas da Prefeitura de Santos.

Jeová Pessin Fragoso, presidente do Grupo Esperança, também acredita no cumprimento da meta. “Por mais de uma década, os medicamentos disponibilizados pelo SUS eram injetáveis, tinham uma eficácia muito baixa, com muitos efeitos colaterais e as pessoas abandonavam o tratamento. Até 2015, não era possível enxergar a eliminação da hepatite C no Brasil. Atualmente, os comprimidos disponibilizados pelo SUS têm ação direta no vírus, são maiseficazes e o tratamento tem duração média de 12 semanas”.

 

ONDE BUSCAR TRATAMENTO

No Centro de Controle de Doenças Infectocontagiosas (Rua Silva Jardim, 94), é possível fazer o teste rápido para hepatites, colher sangue para contraprova, se for necessário, receber o atendimento médico e os medicamentos necessários para combater a doença. Atualmente, 337 pacientes estão em tratamento para hepatite C e 71 para hepatite B.

“Caso percebamos abandono no tratamento, fazemos busca ativa com visita do agente comunitário de saúde na casa do paciente”, afirma Armesto.

A unidade funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h e é aberta a qualquer interessado, não havendo necessidade de encaminhamento.

 

Para mais notícias, serviços e endereço de unidades visite os portais de: