Dramas adolescentes são discutidos em oficinas de música
Família, escola, segurança. Entre uma informação e outra sobre música e instrumentos musicais, os problemas cotidianos vividos pelos adolescentes aparecem nas oficinas de musicalidade e na de ritmos e rimas, realizadas do Centro da Juventude (Cejuv) dos Morros (São Bento).
Segundo o professor de musicalidade Fabiano Guedes, de 43 anos, com frequência os dramas pessoais são discutidos durante a atividade. "A música ensina a escutar o que o outro toca e a saber dividir. Esse aprendizado vale para a vida. Na sociedade é preciso saber ouvir e dialogar".
O professor de ritmo e rima Fábio Albuquerque (foto), de 25, explica que usa os dilemas da juventude da periferia nas oficinas de hip hop. "Eles aprendem a compartilhar o instrumento musical e as experiências de vida".
Som
Matheus Levi, de 13 anos, e Kleber Souza, de 15, possuem o mesmo gosto pela bateria e apesar de se conhecerem na escola, a amizade se intensificou na oficina de musicalidade. "É bom estar em um lugar com gente da mesma idade", diz Kleber. Matheus encontra no Cejuv e nos amigos apoio para enfrentar seus problemas. "Eu gosto de vir aqui".
Já Anderson dos Anjos, de 17 anos, frequenta o Centro da Juventude desde 2014 e diz que foi a melhor decisão de sua vida. "Antes, ficava em casa vendo TV ou jogando. Aqui aprendo um monte de coisas", conta.
Destaque
Os centros da juventude são equipamentos da Secretaria de Assistência Social que trabalham os vínculos familiares e comunitários. O acesso ao serviço é feito após atendimento pelos Centros de Referência de Assistência Social (Cras).
Foto: Rogério Bomfim