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Dia do café será comemorado no próximo dia 24

Publicado: 16 de maio de 2006
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O café se confunde com a história do Brasil. Nenhum produto foi tão importante para a economia brasileira – principalmente durante a primeira metade do século XX – quanto o grão. Mas não é só na economia. Cultural e socialmente, o café é uma instituição e, como tal, também tem sua data nacional. No próximo dia 24, é comemorado o Dia do Café. Para Santos, uma data que merece registro, uma vez que foi pelo nosso Porto que o produto ganhou o mundo. Aqui, o produto movimentou a economia, sustentou famílias e moveu a Cidade e grande parte das atividades portuárias. Ainda hoje, uma passada pelo boulevar da Rua XV de Novembro e pela Rua do Comércio faz lembrar o período áureo, quando os corretores eram maioria esmagadora dos transeuntes daquela região do Centro. De acordo com o empresário do ramo cafeeiro, Eduardo Carvalhaes, o café tem uma enorme representatividade na economia e na vida do país, e não é somente uma questão histórica. Mesmo hoje, o produto é extremamente valioso – em vários sentidos – para o Brasil. Desde 1880, Santos é o principal porto de exportação do café nacional e o estado de São Paulo é o terceiro maior produtor. Os números relacionados ao produto ainda são grandiosos. O maior ‘consumidor do café brasileiro’ é o próprio Brasil, também o maior produtor mundial. Logo, o negócio do café, mesmo com o crescimento da economia brasileira no rumo de outros setores, ainda representa muito para a nossa Cidade, para o Estado e para o país, comenta. HOMENAGEM Há alguns anos, quando foi inaugurado o Bonde Turístico, a parada, na Praça Mauá, recebeu sua denominação em referência ao apelido de um dos mais notórios corretores de café da Cidade: Buck Jones, que foi um dos entusiastas do transporte. Uma dupla homenagem da Prefeitura: ao entusiasta do transporte sobre trilhos e também aos homens do café, personificados na lembrança de João Carlos Vieira da Cunha, o verdadeiro nome do famoso corretor, que ganhou este apelido por sempre andar com um vistoso chapéu de abas largas lembrando o caubói do cinema. HISTÓRIA O hábito de beber café vem da cultura árabe. Inicialmente consumido fresco, com o tempo, o café começou a ser macerado e misturado com gordura animal para facilitar seu consumo durante viagens. Perto de 1000 d.C., os árabes começaram a preparar uma infusão com as cerejas, fervendo-as em água. No século XIV, o processo de torrefação foi desenvolvido e, finalmente, a bebida adquiriu um aspecto mais parecido com o dos dias de hoje. No Brasil, os grãos chegaram ao norte do país, em Belém, no ano de 1727, trazido da Guiana Francesa para o Brasil pelo sargento-mor Francisco de Mello Palheta a pedido do governador do Maranhão e Grão Pará, que o enviara às Guianas com essa missão. DICA Visitar a Bolsa de Café, na Rua XV de Novembro, 95, Centro, é uma boa dica para conhecer tipos e a história do café, e também para saborear o produto. O funcionamento é de terça-feira a sábado, das 9 às 17 horas, e aos domingos, das 10 às 17 horas. O telefone é 3219-5585.