Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Decoração do Carnabonde é a mais ecológica das 18 edições. Veja imagens

Publicado: 9 de fevereiro de 2018
17h 34

Cestas plásticas transformadas em luminárias chinesas, bocas de garrafas PET pintadas e revestidas com paetês, EVA, tecido dublado, TNT, bolas de isopor e papel. O bonde escocês de prefixo 32 se fantasiou com motivos orientais para o Carnabonde, tradicional festa carnavalesca da família a ser realizada neste sábado, às 11h, na Praça Mauá, e desde 2001 atrai milhares de foliões para o Centro Histórico. Este ano, a folia, que prossegue até as 15h, tem como tema Turistas do Bairro Chinês, nome de um dos blocos pioneiros do carnaval santista.

A festa, aliás, terá o bonde mais ecologicamente correto das 18 edições do Carnabonde, de acordo com André Leahun, artista plástico que desde 2006 responde pela ornamentação do elétrico. É que 90% dos materiais utilizados na decoração vieram de outros carnavais. “Esse é um grande exercício de criatividade, pois é preciso reaproveitar, conferindo às peças um aspecto absolutamente novo”, comentou ele, enquanto iniciava, na tarde desta sexta (9), a ornamentação do bonde, junto com as cinco pessoas que há 15 dias vêm trabalhando na confecção das peças decorativas.

O bonde circulará com dois dragões chineses, orquídeas de papel, luminárias, cestos com ouro e bandôs com ideogramas que significam paz, família, alegria, amor e felicidade, entre outros itens.

HISTÓRIA

O carnaval santista nasceu no bairro Chinês, onde havia chácaras de orientais, com dois grandes blocos: o Baby dos Jardins da Infância e o Turistas do Bairro Chinês. Eles promoviam brincadeiras e batalhas de confete nas ruas do Centro e, à noite, seguiam com a festa em outros pontos da Cidade, até chegar à praia.

Incorporado ao Valongo nos anos 1960, o bairro Chinês renasceu em 2011, com a atualização das leis de Uso e Ocupação do Solo - ele está localizado do sopé dos morros São Bento, Pacheco e Penha até a Avenida Getúlio Vargas, entre a Rua São Bento e o Saboó.  

Em 1956, o bairro recebeu turistas espanhóis, visita devidamente fotografada e que serviu de inspiração. Dois anos depois, o bairro realizou a primeira grande batalha de confete, comemorando a inauguração da segunda pista da Avenida Visconde de São Leopoldo, que ficava em seus limites e até hoje é o acesso principal para entrada e saída de Santos. Tudo registrado para a posteridade.

 

Fotos: Raimundo Rosa

 

 

 

Galeria de Imagens