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Cursos de comunicação estão nas metas do governo para o combate à dengue

Publicado: 3 de setembro de 2003
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Tornar os agentes de controle do vetor e os supervisores mais preparados na abordagem e convencimento da população nos cuidados com a dengue é um dos objetivos do Programa Nacional de Combate à Dengue. Cursos de comunicação deverão ser realizados pelos municípios visando melhorar a qualidade das visitas. Essa foi uma das conclusões da reunião de avaliação da Região Sudeste realizada recentemente em Belo Horizonte, do qual participaram representantes de 170 municípios, inclusive Santos. O treinamento também será realizado em Santos, nesse segundo semestre, segundo explica a Coordenadora da Saúde Coletiva, Carolina Osawa que já está na procura de um profissional especializado em técnica de comunicação. O encontro de representantes de S. Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas apontaram também alguns avanços ocorridos no controle da doença, entre as quais, o fortalecimento da infra-estrutura de combate ao mosquito transmissor e a inclusão das ações de prevenção e combate na rede de atenção básica. PREOCUPAÇÃO ENVOLVE A VINDA DE TURISTAS Neste ano houve queda de casos de dengue em todo país (65%) e no Estado, em torno de 63%. Embora muitos municípios como a Capital e Grande S. Paulo estejam com a epidemia em crescimento. Santos apresentou um excelente resultado em 2003, registrando cerca de 920 casos contra mais de 7 mil em igual período do ano passado. Já na Capital o crescimento de casos foi superior a 70%, com tendência de agravamento, sem contar que enfrenta falta de recursos humanos, havendo cerca de 130 veículos do combate à dengue parados. Uma das preocupações da Secretaria Municipal de Saúde é a reentrada de vírus na Cidade, com a vinda de turistas para Santos no verão. O anúncio de novas aquisições de veículos e equipamentos figura entre as propostas levantadas pelo PNCD. A coordenadoria da Saúde Coletiva, representante de Santos, no encontro de avaliação, defende que o nosso Município receba mais investimentos em recursos humanos do que em equipamentos, já que o grande gargalo tem sido as limitações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Foi enfatizado durante a avaliação, a tendência da epidemia, que, tal como ocorreu na Ásia, deverá estar atingindo, já no próximo verão, a população infantil, em razão do esgotamento da população adulta. A própria mãe, na gravidez, transmite ao filho essa susceptibilidade, quando atingida por um ou mais vírus da dengue. Por essa razão é fundamental o treinamento dos pediatras para estarem atentos à manifestação da doença nas crianças, já que a dengue pode ser facilmente confundida com virose. Essa iniciativa de capacitação também será adotada em Santos. Entre as dificuldades registradas de modo geral no País figuram a rotatividade de agentes, já que os contratos são temporários, supervisão irregular, alto índice de pendências nas grandes cidades, (imóveis fechados), falta de manutenção de campanhas educativas e de integração da vigilância epidemiológica com a entomológica e laboratorial. Nas propostas de aperfeiçoamento figuram ainda o levantamento mais rápido dos índices ntomológicos (índice de breteau) que mede a quantidade de mosquitos por imóvel e a criação de referência regional para o exame de identificação viral (PCR) O Município de Santos terá ações continuadas, mês a mês, para cada tipo de imóvel, fará treinamento junto às forças tarefas de empresas portuárias e lançará em dezembro grande campanha de verão.