Conheça os atletas que representam Santos nos Jogos Paralímpicos de Tóquio

Já começou os Jogos Paralímpicos de Tóquio! A abertura da competição aconteceu nesta terça-feira e a cidade de Santos está muito bem representada. A Fundação Pró-Esportes de Santos (Fupes) está com a maior delegação da sua história: são sete paratletas no Japão, todos com reais chances de medalha. Além deles, Santos possui profissionais que fazem parte da comissão técnica da delegação brasileira. Os Jogos acontecem até o dia 5 de setembro.

Conheça mais detalhes sobre os paratletas de Santos:

Alex Douglas Pires da Silva

Os jogos de Tóquio representam uma segunda oportunidade para Alex. No Rio 2016, o maratonista estava em terceiro lugar quando começou a sentir-se mal, devido ao calor, e precisou abandonar a prova. Alex descobriu um problema no braço esquerdo aos oito anos e optou por não fazer cirurgia por causa da complexidade do procedimento, que poderia, inclusive, imobilizar o membro. O atleta começou a praticar atletismo paralímpico em 2007 e, hoje, é uma esperança de medalha para o Brasil. 

Nascimento: 07/05/1990, Sapiranga-RS
Modalidade: atletismo, maratona
Categoria: T46
Experiência em Paralimpíadas: Rio 2016
Data de estreia: 05/09/2021
Principais conquistas: Ouro no Mundial de Maratonas de 2017 em Londres; prata nos 1.500m no Mundial de Doha 2015; prata na Maratona do IPC, em Londres 2015; prata nos 1.500m e 5.000m, e bronze nos 800m no Mundial de Lyon 2013.
 

Carlos Alberto Gomes Soares

Atual número oito do ranking mundial, da categoria C1 – prova de estrada, Carlos Alberto é um dos principais competidores de sua classe. Aos seis anos, Carlos Alberto foi diagnosticado com paraparesia espástica. Em 2014, começou a pedalar por hobby e, três anos depois, ingressou no esporte paralímpico de forma competitiva. No mesmo ano, o ciclista sagrou-se campeão brasileiro, o que mudou sua trajetória no esporte. Em 2018, foi convocado pela primeira vez para a seleção brasileira, e passou a participar com mais frequência de eventos internacionais.

Nascimento: 31/12/1994, Anápolis-GO
Modalidade: ciclismo
Categoria: C1
Experiência em Paralimpíadas: Estreia
Data de estreia: 26/08/2021
Principais conquistas: Bronze na prova de resistência na etapa da Itália e da Bélgica da Copa do Mundo de 2019

Elizabeth Rodrigues Gomes (Beth Gomes)

Atual recordista mundial do lançamento de disco, Beth Gomes é uma das principais esperanças de medalhas do Brasil.  Ela jogou vôlei até 1993, quando foi diagnosticada com esclerose múltipla e passou a jogar basquete em cadeira de rodas. Em 2003 fez sua estreia em competições internacionais nesta modalidade, que praticou até 2010. A partir de então, ela passou a se dedicar ao atletismo, onde vem obtendo conquistas importantes. Em 2019 foi eleita atleta do ano pelo Comitê Paralímpico Brasileiro.

Nascimento: 15/01/1965, Santos-SP
Modalidade: Atletismo (arremesso de disco)
Categoria: F52
Experiência em Paralimpíadas: Pequim 2008, basquete sobre rodas
Data de estréia: a definir
Principais conquistas: Ouro no lançamento de disco no Mundial Dubai 2019; ouro no lançamento de disco nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; bronze no arremesso de peso no Mundial Doha 2015; ouro no lançamento de disco e prata no arremesso de peso nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015.
 

Jennyfer Marques Parinos

Após a conquista do bronze na competição por equipe, no Rio 2016, Jennyfer participa de sua segunda paralimpíadas com possibilidades de chegar ao pódio novamente. Em 2017, também foi campeã mundial por equipes. Quando tinha um ano de idade, ela foi diagnosticada com raquitismo hipofosfatêmico, que enfraquece os ossos. Por conta do problema, suas pernas ficaram arqueadas. Para conquistar a vaga em Tóquio, a mesatenista precisou vencer a atual campeã mundial Kim-Kon-Hea, da Coréia do Sul.

Nascimento: 22/02/1996, Santos-SP
Modalidade: Tênis de mesa
Categoria: Classe 6
Experiência em Paralimpíadas: Rio 2016. Bronze na competição por equipes
Data de estreia: 25/08/2021
Principais conquistas: campeã mundial por equipes em 2017, prata no individual nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; bronze por equipes na classe 6-10 nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; prata nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015; bronze por equipes no Mundial da China 2014.
 

Lauro Cesar Mouro Chaman

Medalhista de prata na prova de estrada e bronze na prova contra o relógio, Lauro chega a Tóquio com boas chances de obter medalhas nas duas categorias. O ciclista nasceu com o pé esquerdo virado para trás e passou por cirurgia. No entanto, o procedimento o fez perder o movimento do tornozelo. Aos 13 anos começou a competir em prova de mountain bike com atletas sem deficiência.  Lauro iniciou sua carreira no ciclismo paralímpico aos 22 anos. De lá para cá, ele se tornou o melhor ciclista de sua categoria do país. 

Nascimento: 25/06/1987, Araraquara-SP
Modalidade: ciclismo
Categoria: C5
Experiência em Paralimpíadas: Rio 2016. Bronze na corrida contra o relógio e prata na prova de estrada
Data de estreia: 26/08/2021
Principais conquistas: ouro na prova de estrada e na perseguição individual e prata no contrarrelógio nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; bronze na prova Omnium no Mundial de Paraciclismo de Pista da Holanda 2019; ouro na prova scratch no Mundial de ciclismo de pista no Rio em 2018; campeão mundial de estrada na África do Sul 2017; prata na prova de estrada e bronze na prova contrarrelógio nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; ouro na prova de estrada e na prova de contrarrelógio nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015

Nathan Cesar Torquato

Apesar de nascer com má formação no braço esquerdo, desde os três anos de idade, Nathan pratica taekwondo. Aos sete anos já participava de competições contra atletas sem deficiência. Em 2014, chegou a viajar com a delegação brasileira para o Mundial Cadete no Azerbaijão, para competir com atletas sem deficiência, mas a Federação Internacional vetou sua participação por causa de seu problema no braço. Em 2017, aos 16 anos, foi o atleta mais jovem a disputar o mundial de Para Taekwondo em Londres. O atleta assegurou sua vaga em Tóquio após conquista da seletiva das Américas disputada no começo de 2020, na Costa Rica. Neste ano, foi campeão pan-americano no México.

Nascimento: 09/01/2001, Praia Grande-SP
Modalidade: Taekwondo
Categoria: K44, até 61 kg.
Experiência em Paralimpíadas: Estreia
Data de estreia: 02/09/2021
Principais conquistas: Campeão no Pan-Americano da modalidade no México, em 2021. Vencedor da qualificatória das Américas, em Heredia, na Costa Rica, em 2020; ouro nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019.
 

Vanessa Cristina de Souza

Melhor maratonista em cadeiras de rodas do país e uma das melhores do mundo, Vanessa chega a Tóquio animada para sua primeira paralimpíada. Foi eleita a melhor atleta das Américas em fevereiro de 2020. Após um acidente de moto, quando tinha 24 anos, a atleta precisou amputar a perna esquerda, abaixo do joelho. Desde 2017, quando venceu a São Silvestre em sua categoria, vem obtendo bons resultados. Antes disso, já havia praticado arremesso de disco e de dardo, mas se apaixonou mesmo pela corrida em cadeira de rodas. 

Nascimento: 20/11/1989, São Paulo-SP
Modalidade: atletismo, maratona
Categoria: T54 (pista e maratona)
Experiência em Paralimpíadas: Estreia
Data de estréia: a definir
Principais conquistas: Ouro na Maratona Internacional dos Estados Unidos em 2020; ouro na Maratona Internacional da Espanha 2020; ouro na Maratona Internacional de São Paulo 2019; campeã da meia-maratona de Lisboa em 2018.