Comerciantes aguardam ansiosos inauguração do bonde

Em sua maioria, os proprietários de estabelecimentos comerciais do Centro cujas lojas estão localizadas ao longo do percurso por onde passará o bonde turístico estão vendo com bons olhos este empreendimento da Prefeitura. Depois de alguns transtornos naturais, durante a colocação dos trilhos e sinalização, os lojistas têm até se mostrado ansiosos para ver o funcionamento da linha. De acordo com Wagner de Carvalho Pedroso, proprietário da tradicional loja ‘A Musical Top Disco’, e um daqueles que estão para lá de curiosos, amanhã será dia de acabar com a ansiedade. Desde o início achei muito bom o projeto. Todos nós, comerciantes do Centro, repetimos isso, mas é a verdade: tudo o que for feito para trazer pessoas para cá é bem-vindo. Principalmente nos sábados, quando a maioria dos escritórios e bancos estão fechados, disse. ESPECIALISTA Esta opinião é compartilhada por José Roberto Martins, da Esteve S.A., firma que atua no ramo cafeeiro, desde 1959. Para Martins, o impacto turístico deve ser bastante alto. Certamente o Centro vai ficar mais movimentado com o bonde. Tem muita gente curiosa inclusive eu, que vou matar saudades de um veículo da minha juventude, diz. Martins, que é conhecedor da história dos bondes, e chegou a escrever uma colaboração para o Jornal A Tribuna tratando do assunto, se emocionou ao lembrar de um popular corretor de café de Santos, João Carlos Vieira da Cunha, conhecido como Buck Jones, falecido há cinco anos. Buck Jones, que ganhou este apelido por sempre andar com um vistoso chapéu de abas largas lembrando o caubói do cinema, era um entusiasta dos bondes e chegou a mover um processo contra o interventor Clóvis Bandeira Brasil, por este ter autorizado, em 1972, o fim dos bondes que circulavam pela Cidade. Se estivesse vivo, ele seria um dos mais animados com a instalação do Bonde Turístico, avalia. DETALHES De acordo com os técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (Sedurbam), além de possíveis pequenas intervenções ao longo da linha, praticamente não há mais obras a serem feitas. A mais pesada, por assim dizer, que seria a colocação de calçadas em pontos do percurso (Rua Tuiuti e Praça Mauá) para que as pessoas possam subir no bonde pelos dois lados, já está terminada. Hoje, os técnicos estarão percorrendo todo o percurso à procura de detalhes que necessitem de algum acerto.