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Comad faz alerta sobre a banalização dos danos causados pela maconha

Publicado: 4 de janeiro de 2002
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A crescente campanha que acontece no País visando banalizar os efeitos causados pela maconha -eleita como droga leve – no qual acabam aderindo importantes veículos de comunicação, está motivando a reação de setores que não enxergam dessa forma benigna a droga, sobretudo porque são cada vez maiores os níveis de THC – tetrahidrocanabinol (princípio ativo da maconha) contidos nos baseados consumidos sobretudo pelos jovens. O componente vicia e inflige danos cada vez maiores ao organismo, alerta o Conselho Municipal Antidrogas, de Santos, conforme ata da Assembléia Geral Ordinária realizada no último dia 14 de dezembro. O órgão está se posicionando fortemente contra a apologia da maconha. Formado por representantes do poder público municipal e estadual, organizações não governamentais, polícia militar e civil, membros de entidades de recuperação de drogados, OAB e Associações de Pais e Mestres o Comad está distribuindo texto no qual aponta os danos causados pelo THC, componente que provoca aquele sorrisinho estereotipado e a larica, a famosa fome que todo usuário sente depois de fumar. Para o representante do Comad, a sociedade deve ficar atenta à apologia da maconha, sobretudo porque ela é porta de entrada para outras drogas. Ele garante que a defesa da erva é também sustentada pelo narcotráfico. No Brasil a juventude já encontra enormes facilidades para consumir bebidas e cigarro, consideradas drogas lícitas. Um dos pontos positivos no Município foi a decisão dos hospitais em não permitirem a venda do cigarro nas cantinas das instituições, dentro da campanha Hospital sem Tabaco, conduzida pela SMS. O texto que está sendo distribuído à imprensa é baseado em recente matéria publicada pela revista Veja (edição de 14 de novembro de 2001), expondo os perigos do THC responsável pelas sensações de relaxamento e desinibição experimentadas por quem fuma a erva. Nos últimos 40 anos, a presença dessa substância aumentou muito nos baseados enrolados pela moçada. Na década de 60, um cigarro da erva continha 0,5% de THC. Atualmente, estudos americanos apontam para níveis de até 5%. Há ainda o skank, a supermaconha desenvolvida em laboratório, com 20% de THC. Por causa dessas altas taxas de princípio ativo, a maconha hoje vicia mais e inflige danos ainda maiores ao organismo. O texto alerta ainda para o uso freqüente da droga, que diminui a coordenação motora, altera a memória e a concentração. Pode levar o usuário a crises de ansiedade e depressão. Além disso, prejudica o funcionamento do sistema respiratório, acarretando infecções de garganta e de pulmão. O THC é apenas um dos 400 componentes químicos encontrados em um cigarro de maconha. Alguns deles são cancerígenos, como o alcatrão, diz a publicação.