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Cohab faz a fundação da primeira casa com estrutura de aço no morro santa maria

Publicado: 4 de maio de 2001
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A primeira casa que será feita de aço no Morro de Santa Maria, com projeto do arquiteto santista Carlos Eduardo Gomes Carneiro, na área conhecida como Dr. Chiquinho, já começou a ser concretizada. A Cohab está participando da iniciativa desse protótipo, construindo o radier (fundação rasa) e cedendo equipamentos, enquanto a Companhia Siderúrgica Nacional fornecerá o aço. O projeto que será colocado em prática, e que poderá se transformar numa solução econômica e adequada a áreas acidentadas, foi a tese de conclusão de curso de Carlos Eduardo, na Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo (Usp). Esse projeto ganhou ainda a primeira classificação no concurso promovido pela Companhia Siderúrgica Nacional – CSN, que também está colaborando com o protótipo. O objetivo do jovem arquiteto que há anos estuda as condições do Morro de Santa Maria é que, por meio de uma futura parceria com a Cohab, os demais 150 moradores da área do Morro de Santa Maria sejam contemplados com esse tipo de habitação. O projeto por ele idealizado prevê unidades de 45 m2, ao custo de R$ 8 mil, sem as fundações. Uma das vantagens do aço é sua leveza, que alivia a carga das fundações. O material também tem resistência ao fogo e à ferrugem. CURSO PARA OS MUTIRANTES Hoje e amanhã, no salão da Igreja de São João Baptista, no Morro da Nova Cintra, haverá curso de carpintaria do aço, voltado ao pessoal que vai participar do mutirão para a construção do protótipo. Também será promovido, nas mesmas datas, curso de Segurança do Trabalho, a cargo do engenheiro da Cohab, Antonio Carlos Caetano. A área do dr. Chiquinho (Francisco de Barros Mello) foi considerada de utilidade pública pela Prefeitura em razão de seu interesse social. Ainda no ano passado foram iniciadas negociações com os herdeiros do terreno, visando a desapropriação da área, invadida por dezenas de famílias. O objetivo é que as 150 famílias cadastradas possam adquirir os lotes, pagando em parcelas mensais à Prefeitura, quando for concretizada a desapropriação. Desde 1995 há ações de despejo em andamento, embora muitos tenham feito negociação com os proprietários, pagando aluguel de chão.