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‘Clássicos do Rock’ leva 10 mil pessoas ao delírio no Centro Histórico de Santos

Publicado: 24 de julho de 2022 - 12h46

Para muitos, o rock é como se fosse uma religião. E baseado neste peculiar ponto de vista, pode-se dizer que uma ‘missa campal’ foi realizada na noite deste sábado (23), na Praça Mauá, no Centro Histórico de Santos. O show ‘Clássicos do Rock’ reuniu 10 mil fiéis amantes do ritmo que um dia já foi considerado profano, mas que na verdade provoca sensações divinas.

Quiseram os anjos que a Orquestra Sinfônica de Santos, sob regência do maestro Luís Gustavo Petri, se unisse ao talento de uma super banda, formada por Cristopher Clark (voz), Bruno Silveira (bateria), Mauro Hector (guitarra) e Paulo Faria (baixo). Junto a eles, os 'cardeais do rock’ Philippe Seabra, Ritchie, Supla e Fernanda Abreu.

Os sinos dobravam, às 19h15, quando a guitarra de Mauro Hector na introdução de Burn (Deep Purple) ‘abriu as portas dos céus’ para uma noite memorável. A partir dali, músicos, plateia e até mesmo quem estava trabalhando entraram em comunhão.

'Wherever I May Roam’ (Metallica) e ‘Há Tempos’ (Legião Urbana) pavimentaram o caminho para participação de Philippe Seabra, que trouxe para palco sucesso da Plebe Rude: ‘Até Quando Esperar’, e como nunca é demais rogar por ela: ‘Proteção’.

Quando Cristopher Clark voltou a assumir os vocais, em  Sweet Child O' Mine  ( Guns N' Roses ), o violonista Ulisses Nicolai (spalla da sinfônica) fez as vezes de Slash, no arranjo especialmente preparado para o concerto. Coisa dos deuses.

Perto do paraíso

Na sequência, chegava a vez de Ritchie cantar ‘A Vida Tem Dessas Coisa’ e ‘Menina Veneno’, aquele tipo de canção que conecta gerações. Não era raro ver na multidão pais e os filhos, que nem sequer haviam nascido em 1983, quando a música foi lançada, cantando em um só tom.

Em um olhar mais atento à plateia era possível avistar Shirley Cavalcante Estevão, segurando uma imagem na mão. Não de um santo, mas sim do cantor Supla, seu grande ídolo. 

“Sou fã dele desde os tempos da banda Tóquio. Foi amor à primeira vista”, comentou a dona de casa, contando ainda que já teve a oportunidade de conversar com o artista pessoalmente: “Ele é educado, gentil e é um ser humano fantástico”, elogiou.

E quando subiu ao palco, Supla mostrou duas faces completamente opostas: o toque celestial de ‘Something’ (Beatles) e a chama ardente de ‘Garota de Berlim’.

No trecho final do show, coube a Fernanda Abreu tocar os corações com ‘Um amor, um lugar’ – sua composição em parceria com Herbert Vianna –, para logo depois anunciar que todos ali estavam bem próximos do que tanto procuravam: ‘A Dois Passos do Paraíso’.

O show poderia se encerrar ali. Mas como diria o ditado: ‘Deus está nas coincidências’. Então, os cinco cantores voltaram ao palco para cantar ‘Bete Balanço’, sucesso da banda Barão Vermelho. E um dos líderes do grupo, o cantor Frejat, é justamente a atração deste domingo, às 19h, na Praça Mauá.

Os shows fazem parte da programação cultural do 14º Encontro das Cidades Criativas da Unesco, organizada pela Prefeitura de Santos e o Santos Convention & Visitors Bureau, com o patrocínio da DP World Santos, Terracom e Gelog e apoio do Governo do Estado de São Paulo, Sebrae-SP e o Centro de Convenções Blue Med/GL Eventos.