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Censo traça perfil da população dos cortiços da região central

Publicado: 20 de agosto de 2003
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O resultado do censo dos moradores de cortiços dos bairros Vila Nova, Paquetá e parte da Vila Matias, que foi realizado pela Secretaria de Planejamento (Seplan) e teve o apoio de outras áreas da Administração, foi divulgado quarta-feira (20), na Salão Nobre da Sociedade Humanitária dos Empregados do Comércio de Santos, no Centro. O universo da pesquisa consiste em 14.500 moradores encortiçados na Cidade e a amostra feita corresponde a 1.238 moradores integrantes de 412 famílias pesquisadas. Nos aspectos sociais destaca-se que a população é predominantemente jovem: 41% possui de zero até 19 anos, 60% de zero até 29 anos e somente 15% está acima de 50 anos. A maioria das famílias possui até três pessoas (68%) e estas são de naturalidade do Estado de São Paulo. Foi constatado que 23% das famílias têm apenas um filho e as que possuem um número acima de quatro filhos compõem a minoria com apenas 8%. A baixa renda familiar predominante pode ser explicada pela baixa escolaridade. Dos chefes de família, 10% são analfabetos e 67% possuem apenas o curso fundamental incompleto. Já nos aspectos econômicos conclui-se que 93% dos chefes de família estão economicamente ativos, porém apenas 47% tem atividade profissional formal com comprovação de renda. A maioria dessas pessoas recebe até R$ 400, representando 73% da amostra, e 40% recebe menos de R$ 200. No que se refere às questões físicas, a maior parte das famílias (86%) ocupa apenas um cômodo nas residências e foram verificados, em alguns casos, que essas famílias têm um número alto de componentes habitando esse local sem condições físicas para essa demanda. Quanto aos vínculos urbanos da população encortiçada - permanência na Cidade – o censo revela que grande parte dos moradores dos cortiços vive no Município há mais de 15 anos (46%), sendo que 26% do total permanecem no mesmo bairro há mais de 15 anos. A partir da obtenção dessas informações, a Administração Municipal já iniciou a elaboração de propostas e metas para a concretização de ações voltadas aos desafios dessa área da Cidade. A inclusão social, através da requalificação e capacitação profissional, além da geração de renda, são algumas das prioridades dessa questão. Para isso, está sendo estudada para a viabilização da criação de um Centro Profissional de Capacitação que deverá atender cerca de 250 pessoas em diversos cursos.