Casos de dengue apresentam mais manifestações hemorrágicas

A epidemia de dengue em Santos, neste ano, vem apresentando um número maior de casos de dengue clássica, com manifestações hemorrágicas, necessitando de internação por algumas horas nos prontos-socorros para hidratação, e até hospitalização, e um melhor acompanhamento do paciente. No Pronto-Socorro Central, a demanda cresceu em pelo menos 30%, representando entre 50 a 70 pessoas diariamente com suspeitas de dengue, uma grande parte delas oriundas de São Vicente e de cidades vizinhas. Cinco a seis casos diários, pelo menos, exigem maiores cuidados, hidratação e observação pelo período de três dias, conforme o protocolo da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Às vezes basta a hidratação oral e, em outros casos, a internação para hidratação venosa e outros procedimentos, entre os quais a prevenção do edema pulmonar. De acordo com o Programa de Controle da Dengue, até o dia 25 último, o município de Santos já havia notificado 1.095 casos de dengue, com 519 positivos, e desses, 42l autóctones. Pelo sistema SUS, tem sido poucos os casos de internação em hospital, mas na rede privada já apareceram vários casos graves, que exigiram internação mas sem confirmação de dengue hemorrágica. O certo é que os sintomas da doença estão ficando mais fortes, o que pode indicar que já circula em Santos o vírus tipo 3, que já fez várias vítimas no Rio de Janeiro neste ano, avalia Serviço de Vigilância Epidemiológica da SMS. A possibilidade de dengue hemorrágica aumenta quando as pessoas já tiveram outro tipo de dengue anteriormente. SMS MATÉM DIRETRIZES DE ATENDIMENTO PARA A DENGUE Todos os médicos da rede pública da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) passaram por treinamento para uma identificação rápida de casos de dengue hemorrágica. Ao procurar a policlínica ou pronto-socorro, o paciente que tiver sintomas da dengue recebe um cartão de identificação, quando já sofreu reinfecção (já teve dengue anteriormente). Também ganham esse documento os portadores de manifestações hemorrágicas, que passaram por provas positivas do laço e de hipotensão postural e pessoas que sofrem de algumas doenças, como diabetes, imunológicas, renal crônica ou portadores de obstruções pulmonares. O acompanhamento do paciente com cartão é, obrigatoriamente, feito durante três dias, nas policlínicas ou prontos-socorros, e quando tudo estiver bem ele recebe alta. Os prontos-socorros são responsáveis pelas notificações dos pacientes atendidos em suas unidades, bem como do controle dos pacientes que receberem o Cartão da Dengue. As coletas de sorologia (para confirmar a dengue) são feitas após o sétimo dia do início dos sintomas, e deverão ser realizadas nas policlínicas. Já para o isolamento viral (que vai descobrir se é dengue I, II ou III) o exame só pode ser feito até o quatro dia do início dos sintomas, ficando o recolhimento dos exames, nas unidades básicas, a cargo dos supervisores da dengue. RECOMENDAÇÕES PARA PACIENTES COM DENGUE Os sintomas de dengue clássica incluem febre alta, dor de cabeça, mialgia (dor muscular, quebradeira), artralgia (dor nas articulações e juntas), dor atrás dos olhos, exantema (manchas vermelhas na pele), prostração (moleza) e às vezes manifestações hemorrágicas. O importante é que o paciente tome muito líquido (água, sucos de frutas, soro caseiro, água de côco, sopas, leite, chá) e faça repouso. As crianças que mamam no peito devem continuar a ser amamentadas dessa forma, mesmo quando as mães estão com dengue. É importante procurar atendimento médico quando aparecem pontos ou manchas vermelhas na pele, sangramento de nariz, boca ou outros tipos de sangramento ou se aparecerem outros sinais de alerta. SINAIS DE ALERTA PARA DENGUE HEMORRÁGICA Procurar imediatamente atendimento de emergência quando aparecem: fezes pretas vômito freqüente muito sono ou agitação dor abdominal tontura, vista escura, desmaio pele pálida, fria, seca dificuldade de respirar. queda de pressão.