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Casa-abrigo já está apta a receber mulheres vítimas de violência

Publicado: 20 de julho de 2000
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´Casa Flor de Lis´. Este é o nome escolhido para a primeira casa-abrigo para mulheres vítimas de violência do Município. O equipamento, fruto de uma reivindicação de aproximadamente dez anos, foi simbolicamente entregue pelo Executivo há um mês e desde então vem sendo equipado e mobiliado para propiciar às usuárias o melhor atendimento possível, em um ambiente digno. Segundo a Diretoria de Atendimento Social da Secretaria de Ação Comunitária e Cidadania (Seac), desde segunda-feira (17), o local está pronto para receber as mulheres, que inclusive contarão com o acompanhamento de duas técnicas, uma psicóloga e uma assistente social. TRIAGEM Todos os casos que surgirem na Delegacia de Defesa da Mulher, no Centro de Referência Social (CRS) ou Plantão Social da Casa Aberta (equipamentos da Seac) ou, ainda, na Casa de Cultura da Mulher Negra (uma organização não-governamental que há muito tempo trabalha com este segmento) passarão por triagem feita pelas técnicas, nos próprios locais, antes de qualquer encaminhamento. A Seac afirma que um dos pontos fundamentais para o funcionamento de uma casa-abrigo será mesmo a realização de uma triagem detalhada das mulheres que querem ser abrigadas. A mulher só irá para a casa em último caso, ou seja, quando estiver correndo risco de vida. A ´Casa Flor de Lis´ dispõe de vagas para atender, no máximo, cinco famílias, ou seja, uma média de 20 pessoas. O tempo máximo de permanência será três meses. A residência, cuja localização é sigilosa por motivo de segurança, é alugada e foi mobiliada com apoio de várias entidades para garantir às abrigadas um ambiente acolhedor, entre elas o Fundo Social de Solidariedade FSS) e as instituições que compõem a Comissão Municipal da Condição da Mulher, empossada no último dia 19 de junho e que é formada por nove representantes do Poder Público e 14 de segmentos da sociedade civil organizada. A residência tem quatro quartos, duas salas, copa, cozinha, refeitório, área de serviço e um espaço para convivência. RECURSOS Além disso, a equipe de profissionais que atuam no novo serviço está sendo capacitada para propiciar o melhor atendimento possível. Para isso, o projeto da casa-abrigo de Santos foi apresentado ao Ministério da Justiça, por meio do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, tendo sido priorizado com a liberação de recursos para capacitação de funcionários e aquisição do material de consumo que será utilizado na unidade.