Campanha em Santos amplia em 164% a realização de testes para HIV e sífilis

A Campanha Fique Sabendo, voltada à oferta de testes rápidos para detecção de HIV e sífilis em locais de grande circulação de pessoas, teve aumento de 164% na realização de testes em relação a 2021 na cidade de Santos. Neste ano, foram realizados 1.122 testes rápidos de HIV e sífilis, contra 424 do ano anterior, que ainda era impactado por momentos mais críticos da pandemia de covid-19.

E quanto mais se testa, mais se descobre. Em 2021, foram identificados 1 caso positivo de HIV e 17 casos de sífilis. Em 2022, foram 3 casos de HIV e 45 de sífilis. A testagem foi realizada entre os dias 1º e 7 de dezembro.

A Campanha Fique Sabendo tem o objetivo de facilitar o acesso aos testes a pessoas que não costumam procurar o serviço de saúde com essa finalidade e, então, identificar o HIV e a sífilis para iniciar o tratamento o mais breve possível, além de promover a prevenção por meio das orientações que são dadas a todos que realizam o teste.

“O HIV não apresenta sintomas e a testagem é a única forma de identificá-lo. Já a sífilis pode levar algum tempo para se manifestar, mas com sintomas que podem sumir em alguns dias, embora o vírus continue ativo no organismo. A pessoa segue transmitindo para seus parceiros e ocorre o retorno dos sinais e sintomas com maior gravidade no futuro se não for tratada”, explica o secretário de Saúde, Adriano Catapreta.

A coordenadora do Centro de Controle de Doenças Infectocontagiosas (CCDI), Michelle Cunha, destaca que os testes estão disponíveis o ano inteiro para a população na unidade (Rua da Constituição, 556), de segunda a sexta-feira, das 8 às 16h. Não é necessário agendamento prévio.

Os testes são realizados a partir de uma gotinha de sangue retirada do dedo (como nos testes de glicemia). O resultado fica pronto em 20 minutos. Caso seja positivo, a pessoa realiza exames complementares e passa a ser assistida pelo Serviço de Atendimento Especializado, que funciona no local. A sífilis é curada com o uso de penicilina, já o HIV é controlado por medicamentos antirretrovirais fornecidos gratuitamente pelo Ministério da Saúde, que reduzem a carga viral do vírus, impedindo a manifestação da doença AIDS.