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Campanha contra receptação visa conscientizar crianças e adolescentes

Publicado:
18 de outubro de 2018
14h 11

“Jamais reaja a um assalto, faça sempre boletim de ocorrência se tiver seu celular roubado e nunca compre produtos de que você não sabe a procedência”. Essa foi a mensagem deixada pela Campanha Receptação é Crime, iniciativa que que conta com apoio da Prefeitura e teve lançamento da edição 2018 na manhã desta quinta-feira (18), no auditório do Museu Pelé.

Cerca de 100 pessoas participaram do evento que também contou com a presença de autoridades municipais e jovens aprendizes do Centro de Aprendizagem e Mobilização Profissional e Social de Santos, o Camps. O objetivo este ano é conscientizar a população, principalmente as crianças e adolescentes, sobre a importância de não adquirir produtos de origem ilícita.

A campanha começou após o assassinato do adolescente Luann Oshiro, em outubro de 2016, durante tentativa de roubo a seu celular. O pai dele, Paulo Oshiro, criou o movimento Luann Vive, cujo objetivo é orientar que adquirir produtos por preço muito abaixo do valor de mercado e sem nota fiscal é sinônimo de receptação, ou seja, trata-se de objeto roubado, furtado ou até mesmo obtido por meio de um latrocínio (roubo seguido de morte).

“Quando criamos a campanha, já sabíamos que seria difícil combater algo que está enraizado na cultura brasileira, mas mesmo assim decidimos colocar em prática. Eu encontro o Luann em cada jovem que eu consigo conscientizar sobre a receptação”, afirmou Paulo.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Social, Flávio Ramirez Jordão, o gibi produzido para a campanha tem o intuito de passar as informações de forma didática e lúdica, por meio de uma historinha que conscientiza sobre a importância de não se comprar produtos de procedência desconhecida. “É importante o fortalecimento das campanhas educativas sobre receptação, pois as crianças e adolescentes são multiplicadores da informação em suas escolas e famílias”.

Durante o evento, o aluno da escola 28 de Fevereiro Giovanni Bernardo Chagas da Silva, de 14 anos, leu um poema escrito por Paulo Oshiro a seu filho Luann. Para Giovanni é fundamental que os jovens saibam o que é receptação e as consequências dessa prática. “A maioria dos meus colegas não sabe o que é receptação e, quando se compra um produto que não se sabe a procedência, não nos atentamos que alguém pode ter morrido para que pudéssemos ter um celular por um preço baixo, por exemplo”.

GIBI

O gibi Receptação é Crime é uma das ferramentas da campanha que conta com a arte do ilustrador Clayton Inloco e argumento de Fabio Tatsubô. A publicação conta a história de um menino que adquire um celular e acaba descobrindo que se trata de produto de roubo.

A campanha tem o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Social, junto ao Procon/Santos e da Ouvidoria, Transparência e Controle, além da Associação Comercial de Santos, câmaras dos dirigentes lojistas de Santos e Santos-Praia, Sindicato do Comércio Varejista, Guarda Municipal e polícias Civil e Militar.

Fotos: Isabela Carrari

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