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Baixada santista não corre o risco de ser atingida por ciclone

Publicado: 29 de março de 2004
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Segundo a Defesa Civil de Santos, o ciclone extra tropical que atingiu o Estado de Santa Catarina, deixando 2 mortos e devastando vários municípios já se dissipou e tem poucas chances de se formar novamente. Além disso, a probabilidade de atingir a Baixada Santista está praticamente descartada. O fenômeno foi considerado inédito e, por isso, está sendo estudado pelos órgãos competentes em todo o país. Para minimizar os efeitos que as catástrofes naturais causam à população, principalmente os deslizamentos de terra, a Prefeitura mantém o Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC).O programa dá assistência à 2.179 famílias que moram em áreas de risco e foram cadastradas. Iniciado no dia 1º de dezembro do ano passado, o PPDC, que se estende até 30 de abril, registrou 18 ocorrências. Segundo dados da Coordenadoria de Defesa Civil, de dezembro até essa segunda-feira (29), o nível de chuvas foi de 1120.9 mm, que é considerado normal. Não houve registro de vítimas. Algumas áreas de risco foram vistoriadas, mas não houve necessidade de remoção dos moradores, nem interdição das áreas. MONITORAMENTO O programa funciona da seguinte maneira: no primeiro trimestre do ano, a Prefeitura, juntamente com outros órgãos do Município, realiza o monitoramento dos morros. As equipes técnicas da Defesa Civil são responsáveis pela vistoria, remoção e abrigo às vítimas. Cada órgão da Prefeitura é encarregado de realizar uma etapa do plano. Cabe à Secretaria de Ação Comunitária e Cidadania (Seac) dar apoio às famílias e encaminhá-las aos cuidados da equipe da Secretaria de Educação (Seduc), que irá cuidar do alojamento e da alimentação. O Fundo Social de Solidariedade auxilia na campanha de doação para as vítimas. Além disso, a Secretaria de Turismo (Sectur), a Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Seosp), a Secretaria de Administração (Sead), a SGO (Departamento de Assuntos Comunitários dos morros, Zona Noroeste e da Área Continental), a Prodesan, a CET e a Guarda Municipal também participam no amparo a essas pessoas. PREVENÇÃO O PPDC é focado na precaução. Por isso, os morros são divididos em cinco áreas, de acordo com o distanciamento geográfico, o grau de dificuldade de acesso e o tipo de situações de risco. A área chamada de ‘verde’ corresponde aos morros do José Menino, Marapé, Santa Terezinha e Ilhéu. Já a ‘pink’, Pacheco, Penha, Saboó e Boa Vista. A ‘laranja’, Monte Serrat, Santa Maria, Chico de Paula e Caneleira. A ‘azul’ representa o São Bento e a Vila São Bento. Por fim, a ‘vermelha’, Nova Cintra, Vila Progresso e Jabaquara. O objetivo é que sejam tomadas as medidas de retirada das famílias dos locais de risco antes da ocorrência dos escorregamentos de terra. Por isso, todos os dias, a Defesa Civil realiza relatórios da análise meteorológica e do índice pluviométrico enviados pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e pelo (IG) Instituto Geológico. Tendo em mãos esses dados, a Comdec indica em qual dos quatro níveis está o local: observação, atenção, alerta ou alerta máximo. A Defesa Civil informa a população para estar atenta aos sinais que apontam para o risco de desabamento, como se há trinca ou afundamento no solo, se a cerca está arriada ou se não há entulhos atrapalhando o curso das águas no sistema de escoamento. Caso seja observada alguma dessas irregularidades, a pessoa pode entrar em contato com o Conselho Municipal de Defesa Civil (Comdec), através dos telefones: 3232-9563 ou 3232-9772. O atendimento é 24 horas.