Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Baixa cobertura vacinal abre portas para doenças, alertam especialistas em Santos

Publicado: 9 de junho de 2022 - 14h28

A quantidade de pessoas que tomaram as vacinas de rotina em Santos está abaixo da meta. A realidade do Município é a mesma observada em todo o País. 

O cenário preocupa porque doenças que poderiam ser evitadas circulam com mais facilidade, já que pessoas não imunizadas contribuem para espalhar vírus e outros agentes transmissores. O alerta é da Secretaria Municipal de Saúde, em referência ao Dia Nacional de Imunização, neste 9 de junho. 

O índice de pessoas imunizadas em Santos em 2021 é inferior à meta de 95% de imunização, estipulada pelo Ministério da Saúde.

Entre as crianças de até um ano, a média da cobertura vacinal, considerando todos os imunizantes, é de 73,8%. A vacina contra a febre amarela foi aplicada em 60,6% dessa população-alvo; 74,5% tomaram a da meningite C; 76,1% a da hepatite B; 77,7% a pneumocócica; 75% a poliomielite (paralisia infantil); 76,8% a do rotavírus humano; 76,1% a pentavalente (que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo B, responsável por infecções no nariz, meninge e garganta).

Com 27% das crianças em atraso para o início do esquema vacinal, a cobertura das doses seguintes fica comprometida no caso dos imunizantes que necessitam da aplicação de reforços meses ou anos depois.

Para as vacinas cujo esquema inicia a partir do primeiro ano de vida, a média também não é satisfatória. Em 2021, 78,2% tomaram a primeira dose contra sarampo, caxumba e rubéola e 75,8% contra a hepatite A.

EFICAZ CONTRA DOENÇAS 

A vacina é a forma mais eficaz de prevenção a diversas doenças que podem, inclusive, levar à morte. 

A chefe do Departamento de Vigilância em Saúde, Ana Paula Valeiras, ressalta a necessidade da imunização, explicando que doenças com baixa cobertura vacinal como poliomielite (paralisia infantil), hepatite e meningite podem voltar a circular entre a população.

“Um exemplo claro é o sarampo, que já tínhamos o certificado de erradicação, mas, devido à baixa cobertura vacinal em 2018, voltou ao nosso Município. Não é porque não vemos mais as doenças na população que ela está erradicada, porque ela pode voltar a qualquer momento”, esclarece Ana, enfatizando que os munícipes procurem as unidades de saúde para se proteger.

ONDE SE VACINAR

As vacinas estão disponíveis nas policlínicas, exceto a unidade Aparecida, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.

"A diminuição dos casos graves e óbitos por covid-19 a partir da vacinação em massa é uma prova recente de que as vacinas são seguras e eficazes. Esse mesmo entendimento vale para as demais doenças. Fazemos um apelo para que procurem as unidades. Temos equipes preparadas para atualizar a caderneta vacinal e tirar dúvidas", destaca o secretário de Saúde, Adriano Catapreta.