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Autorizada a construção de rede de gás natural na cidade

Publicado: 27 de julho de 2006
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Menores custos nas operações portuárias, industriais e dos transportes coletivos; melhor qualidade do ar; mais conforto e segurança em residências, hospitais, hotéis e grandes estabelecimentos comerciais. Estas são algumas das melhorias decorrentes da construção de uma rede de distribuição de gás natural em Santos, autorizada nesta quinta-feira (27) pela Administração Municipal. O prefeito João Paulo Tavares Papa anunciou a medida junto a uma equipe da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), responsável pelo empreendimento. As vantagens do gás natural foram ressaltadas por Papa: "A rede a ser construída significa uma nova e moderna alternativa de energia, que vai tornar nosso porto mais competitivo e possibilitar um custo menor para os transportes coletivos, com reflexo na tarifa. A poluição será menor, e nossa cidade vai ganhar muito em qualidade de infra-estrutura". Com a autorização da Prefeitura, a Comgás buscará as licenças ambientais necessárias para iniciar a obra entre Cubatão e Santos, a cargo da Cetesb, Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Departamento Estadual de Proteção aos Recursos Naturais (DEPRN). Segundo previsões do diretor de Marketing Residencial e Comercial da Comgás, Luis Awazu, a construção deve iniciar no primeiro semestre de 2007, com o atendimento aos primeiros clientes no começo de 2008. "Calculamos que em três anos serão 70 mil consumidores de gás natural em Santos", afirmou. A Comgás, que tem a concessão para realizar este tipo de serviço nas regiões metropolitanas da Baixada Santista, Grande São Paulo, Campinas e Vale do Paraíba, deve investir inicialmente R$ 100 milhões no assentamento da rede local, que sairá de Cubatão e entrará em Santos, passando pela Alemoa e seguindo pelas avenidas Martins Fontes, Nossa Senhora de Fátima, Conselheiro Nébias, Carvalho de Mendonça, Pinheiro Machado, Francisco Glicério, Afonso Pena, até a orla, com ramificações para o porto. MÚLTIPLOS USOS O gás natural tem múltiplos usos, sendo 20 vezes menos poluente que o GLP, derivado do petróleo. Como combustível GNV (gás natural veicular), é mais econômico e menos poluente, e a partir da construção da rede, os postos locais terão acesso fácil ao produto. Em indústrias, nos navios e operações portuárias, possibilita o aquecimento de caldeiras e a geração de vapor, enquanto serve para aquecimento de piscinas e chuveiros de hotéis e academias, para os fogões de cozinhas industriais e para máquinas de lavanderias. Em residências, o gás serve para acionar fogões e aquecer a água de chuveiros, banheiras e torneiras. Segundo Awazu, a Comgás vai oferecer os adaptadores para os fogões e financiar em até 36 vezes a estrutura para os munícipes que quiserem optar pelo novo sistema. "O uso do gás vai minimizar a sobrecarga do sistema elétrico, diminuindo a possibilidade futura de racionamento ou apagões", salientou ele. MAIS SEGURANÇA A segurança da rede a ser construída em Santos foi destacada pelo diretor da concessionária: "será um sistema moderna, que utiliza tecnologia de ponta, e que não armazena o gás, que vem direto dos pontos de captação, que são Merluza, na Bacia de Santos, de Campos e da Bolívia. Com os novos investimentos da Petrobrás no litoral paulista, teremos uma nova opção de captação". Santos já contou com um sistema de gás canalizado, que operou durante 95 anos, a partir de 1872, e foi desativado devido a um acidente ocorrido em janeiro de 1967 no gasômetro onde o produto era armazenado. Conforme Awazu, a rede antiga não será reaproveitada: "as tubulações na cidade, em prolipropileno, serão introduzidas em buracos com cerca de 1,20 m de profundidade, e seguirão pelo subsolo como uma espécie de catéter. Isso vai causar o mínimo de transtorno possível para os moradores". O gás natural canalizado evitará que as pessoas armazenem botijões de GLP em casa ou restaurantes, reduzindo o risco de incêndios e liberando espaços para outras utilizações. Quem optar pelo sistema pagará um conta mensal que, segundo estimativa da Comgás, é mais econômica no caso do aquecimento dos chuveiros, e equivalente ao do uso em fogões.