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Autista compartilha história e desafios durante encontro em escola de Santos

Publicado: 31 de maio de 2019 - 15h01

A escola municipal Alcides Lobo Viana (Marapé) promoveu um momento de reflexão sobre o autismo na manhã desta sexta-feira (31). O projeto (TEA)colho reuniu familiares e amigos de alunos com o diagnóstico do transtorno do espectro autista para dar suporte e permitir a troca de experiências.

Stanislaw Manta Wieliczko, 24 anos, é autista e foi convidado, acompanhado pela mãe Margaret Manta, 57, para contar um pouco sobre sua experiência. “Me preparei para falar de situações que passei na infância e que minha mãe também passou e que podem ser evitadas com informação. Aprendi muito sobre mim mesmo ao longo desses anos”, disse. Ele ainda destacou que se sente ofendido quando colocam sua capacidade à prova.

O jovem parou o curso Análise e Desenvolvimento de Sistema, da Fatec, porque estava se sentindo “estressado”, mas afirmou que será apenas por um tempo. “Agora me dedico ao meu livro que comecei a escrever no início de 2017, com uma história fictícia medieval e mística”.

“Na época em que meu filho foi diagnosticado com TEA eu não tive apoio e nem o contato com outras mães para trocar informação. Busquei conhecimento na internet, em sites de fora do Brasil. Este encontro é importante exatamente pela troca que ele proporciona”, afirmou Margaret Manta.

Alessandra Grigolin, 45, mãe de Enzo, 4, aprovou o encontro. “Iniciativas como esta nos fazem sentir menos excluídas, deixam as coisas mais leves e temos a certeza de que não estamos sozinhas. Encontramos pessoas com situações semelhantes. Ouvir um jovem autista contar suas experiências dá a certeza de que nossos filhos terão um futuro feliz, do jeito deles. O Enzo veio para me mostrar que o mundo não precisa ser como os outros acham que deve ser”.

(TEA)colho – O projeto foi idealizado pelas professoras de atendimento educacional especializado Valéria Paixão Fernandes e Roseane Cristina de Freitas e é realizado uma vez por mês, com atividades variadas. “Os pais chegam até nós com um nível alto de ansiedade e este é um espaço para dividir angústias e trocar experiências. É um encontro acolhedor”, explicou Valéria.

Para Roseane, o momento também é de reflexão. “Os pais e familiares percebem o quão brilhante os filhos podem ser e aprendem a respeitar o jeito de cada um”. A escola tem atende atualmente 22 alunos com TEA.

 

Fotos: Susan Hortas

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