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Aumenta o consumo de álcool entre adolescentes

Publicado: 6 de julho de 2001
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Pesquisa realizada pela Organização das Unidas (Unesco) sobre o uso de drogas e ações de prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e Aids, divulgada no Brasil esta semana, indicaram que o álcool é a droga mais comum entre os jovens brasileiros e que seu consumo começa, em média, aos 13 anos e quatro meses. Em Santos, a situação não é diferente, apesar das medidas repressivas adotadas pela Prefeitura para proibir o acesso de menores ao vício do álcool. A constatação de que os jovens e adolescentes estão se alcoolizando com grande frequência, principalmente nos fins de semana, faz parte de um estudo realizado pela Seção Núcleo de Atenção ao Toxicodependente (Senat), constituindo-se em motivo de preocupação. A Prefeitura vem fazendo sua parte ao sancionar a Lei Complementar 328/99, de 31 de março de 1999, que estabelece normas para a comercialização de produtos específicos, proibidos de venda para adolescentes até 18 anos. No entanto, que outras entidades como Polícia Militar, Civil, Ministério Público, Juizado da Infância e Juventude, entre outros, precisam, também, participar mais ativamente realizando blitz nos locais de venda. Já foi marcada uma assembléia ordinária da entidade para o próximo dia 13, para discutir com representantes de órgão públicos e privados o problema do álcool entre os menores. Não basta apenas agir de maneira repressiva, mas, também, preventiva, atuando junto às famílias, onde a maioria não tem consciência que o álcool é uma das drogas mais perigosas que muitas das consideradas ilícitas e leva muitas vezes à morte. ESTATÍSTICAS De acordo com pesquisa realizada entre os frequentadores do Senat, nos três primeiros meses desse ano, os dependentes de álcool ocupam a segunda colocação com 23,65%. Os usuários só perdem para os viciados em drogas cruzadas (dependentes que utilizam uma droga com outra e o álcool é uma das preferidas), que representam 54,5%. O percentual é assustador. "Os viciados em bebidas alcoólicas superam os dependentes de maconha, cocaína e crack, que somam 18,5% . É muito precoce e o consumo é muito elevado". As consequências são muitas, entre elas a de que com a consciência alterada pela bebida, os riscos para os adolescentes aumentam muito, como na hora de fazer sexo, não usando preservativo, como também as possibilidades de envolvimento de brigas ou acidentes, como os de trânsito.