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Atendimento e inclusão de autistas são temas de encontro no Paço Municipal

Publicado: 2 de abril de 2018
15h 46

O Dia Mundial da Conscientização do Autismo foi celebrado nesta segunda-feira (2) com solenidade no Salão Nobre do Paço Municipal. Na oportunidade, foram discutidas políticas públicas para o segmento, incluindo a construção de uma clínica escola, que será a segunda do País destinada a este público.

Representando o Grupo Acolhe Autistas, Ana Lúcia Félix mencionou a importância da Lei Municipal 3.280, de 2016, que estabelece políticas públicas para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), e falou sobre a importância da abordagem ao assunto. “A conscientização se faz necessária, pois muita gente ainda trata esses casos como doença”.

Segundo ela, muitos autistas apresentam habilidades especiais, que podem ser aprimoradas caso haja um acompanhamento profissional. “Quanto mais cedo começar, melhor será a qualidade de vida dessa pessoa”, explica, citando também a preocupação com a vida a adulta. “É preciso saber o quanto antes quem vai cuidar dessa pessoa no futuro”.

Rede municipal

Na rede municipal de saúde, os casos de autismo são encaminhados ao Centro Especializado em Reabilitação (CER), que hoje tem 24 atendidos – foram 100 em um ano. Na unidade, são oferecidas atividades como estímulo sensorial, além de reinserção ao convívio familiar, com acompanhamento psicológico. Já os casos que exigem tratamento com medicamentos são encaminhados aos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) Infantil, que atualmente têm 130 inscritos.

“O importante é tratar a pessoa com autismo como alguém diferente, capaz de se integrar à sociedade. Não é uma doença. É uma condição peculiar do ser humano”, diz Devanir Paz, chefe do Departamento de Atenção Especializada da Secretaria de Saúde (SMS).

Um debate sobre o tema será realizado nesta terça-feira (3), na Unifesp.

INCLUSÃO

Para o prefeito Paulo Alexandre Barbosa, informação sobre o assunto inibe atitudes preconceituosas. “É importante que a sociedade aprenda a conviver com essas pessoas, respeitando os princípios de igualdade. Uma cidade só cresce com inclusão”.

Segundo ele, a clínica escola – contemplada com a arrecadação do último Baile da Cidade – que será instalada no Boqueirão “está à frente do nosso tempo”, já que será a segunda do País neste modelo, com atendimento multidisciplinar e ensino individualizado.

 

Foto: Isabela Carrari