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Aparelho mede dependência de fumantes em Santos

Publicado:
29 de agosto de 2019
17h 47

Qual o meu nível de dependência e o risco que tenho de desenvolver doenças associadas ao cigarro? Mais de 40 pessoas tiveram essa pergunta respondida na tarde desta quinta-feira (29) em ação pelo Dia Nacional de Combate ao Fumo.

O monoxímetro, aparelho usado para fazer essa medição, esteve à disposição das pessoas que passavam em frente a um supermercado no bairro São Manoel. A iniciativa foi da policlínica do bairro.

Ele mede as concentrações de gás carbônico no organismo e os resultados aparecem no visor, com luzes que se acendem após um sopro no bocal descartável do aparelho. Se no painel aparecer de zero a 6, indica que a pessoa não é fumante; 7 a 10, fumante leve; 11-20, fumante; de 21 em diante, fumante pesado e com maior possibilidade de ficar doente em virtude do vício.

O aparelho é sempre utilizado nas primeiras e nas últimas sessões dos grupos do Programa de Atenção Intensiva ao Tabagista, que está presente em 18 policlínicas e nos dois Ambulatórios de Especialidades (Centro e Zona Noroeste). Quem fez o teste teve ainda a oportunidade de ser convidado a participar da iniciativa, caso tenha interesse em parar de fumar.

“É importante sensibilizarmos os tabagistas e esperamos que o monoxímetro os motive a dar o primeiro passo e procurar ajuda para largar o cigarro”, afirma Renato Matos, coordenador do Programa de Atenção Intensiva ao Tabagista da Secretaria de Saúde.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 428 pessoas morrem por dia no Brasil em decorrência de doenças causadas pelo fumo. As mais comuns são câncer, acidente vascular cerebral, infarto e doenças cardiorrespiratórias.

DIFICULDADE E SUCESSO

O aposentado João Batista Santana dos Reis, de 72 anos, fuma há mais de 25 anos. Ele não conhecia o monoxímetro e fez o teste, que deu 24. “Pensar em parar de fumar, já pensei, mas é muito difícil. Tomo um cafezinho e sinto necessidade de fumar um cigarro”, comenta.

Rotina diferente tem Maria do Livramento Santos de Oliveira, de 62 anos, que parou de fumar sozinha há mais de dois anos, após uma rotina de mais de 45 anos de dependência. Curiosa, resolveu fazer o teste com o monoxímetro, que resultou em 3 – ou seja, de uma pessoa não fumante, com risco muito baixo de desenvolver doenças associadas ao fumo.

“Eu chegava a chorar quando não tinha cigarro. Tive muita força de vontade para parar de fumar e hoje não gosto nem de sentir o cheiro”, conta Maria.

Fotos: Marcelo Martins

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