Amazonense levanta as arquibancadas e promete boa briga pelo título

Com muito luxo, animação e garra, a Escola de Samba Mocidade Amazonense, de Guarujá, entrou na Passarela Drausio da Cruz à 1h05 de hoje disposta a conquistar mais um título do Carnaval santista.

Campeã do ano passado e em 1992, no campeonato regional, a escola levou 1.600 componentes, em 20 alas, para contar a história do rádio, em um samba-enredo de nome comprido e letra que desafiou a memória de muitos foliões: "O que já não toca na rádio, ainda toca em nossos corações - Uma viagem musical pelo Brasil de valores imortais".
Mocidade Amazonense


Com um verdadeiro show de fogos de artifício e esquentando o público com o hino da escola, antecipando sua entrada, a Amazonense empolgou com uma comissão de frente afiada nas evoluções, liderada por uma passista que reproduziu trejeitos de Carmen Miranda, com direito até a bananas. O carro abre-alas Jovem Guarda desfilou sob aplausos e gritos do público feminino graças à presença, entre destaques, de rapazes mostrando músculos bem definidos.

Aliás, os carros alegóricos chamaram a atenção pelo cuidado na decoração, a exemplo do Baião, revestido em tecido, e do Oca do Índio, com dois jacarés articulados, cujas patas dianteiras pareciam andar sobre a pista. Jaçanã, o último carro, finalizou o desfile com uma dose extra de luxo, com o destaque DJ Cabral ostentando fantasia com centenas de plumas.

Bêbados e equilibristas, mágicos de oz, feitiços da vila, entre outras alas, desfilaram pela pista, intercalando evoluções com três casais de mestre-sala e porta-bandeira. Janny Morena e Muta, os titulares, terminaram o desfile com a alma lavada: "Mandamos ver. Foi lindo mesmo...". Tanto que a ala dos diretores se despediu da passarela, após 53 minutos de desfile, sob fortes aplausos do público e com a certeza de que o tricampeonato não é apenas um sonho de carnaval.


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