Alunos veteranos do programa Santos Jovem Doutor são homenageados

“O Santos Jovem Doutor é algo único e uma oportunidade para o futuro”, disse Kauã Barbosa de Almeida, 16. Ele faz parte do grupo ‘Veteranos em Ação’, formado por 94 jovens, que, mesmo sendo ex-alunos da rede municipal, escolheram retornar ao programa para contribuir com os demais participantes. No fim da tarde desta quinta-feira (17), eles foram homenageados, via evento remoto, pela equipe da ação.

Iniciado em 2015, o programa Santos Jovem Doutor (PSJD) realiza ações de prevenção e promoção da saúde, incentivando a cidadania e as relações interpessoais. A iniciativa, destinada aos estudantes de 8º e 9º anos e em formato piloto para os de 7º ano das escolas municipais, é fruto da parceria entre as Secretarias de Saúde (SMS) e Educação (Seduc) com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), por meio da disciplina de Telemedicina. Atualmente, a ação conta com 306 alunos.

FUNÇÕES

Os veteranos atuam nas 16 unidades municipais que contam com o PSJD, auxiliando os professores nas atividades com os alunos e em todas as ações propostas, contribuindo também para o próprio aprendizado. “Ajudamos os novos integrantes nas questões que eles têm dificuldades, como vergonha de falar em público, entre outras coisas”, acrescentou Kauã, ex-aluno da UME Vinte e Oito de Fevereiro, cursando atualmente o 1º ano do ensino médio.

Maria Vitória Lima Dias dos Santos, 16, estudou na unidade Martins Fontes e hoje está no 2º ano do ensino médio. “Quis voltar para o programa para ajudar e também continuar aprendendo.

O Santos Jovem Doutor não fala apenas sobre temas relacionados à saúde, mas sobre a vida, gentileza, empatia, valores”. Na semana passada, os 94 jovens receberam jalecos, certificados com a chancela da Faculdade de Medicina da USP e um pin com a frase ‘Jovem Doutor Cidadão’.

TEMAS DESTE ANO

Neste ano serão desenvolvidos, ainda de maneira remota, os temas: covid-19, vírus e bactérias, vacinas, etiqueta respiratória, lavagem de mãos, fake news, cancelamento nas redes sociais e apoio à ciência. O trabalho está sendo feito por meio de produções de curtas-metragens, criação de jogos para aplicativos, vinhetas e divulgação para a comunidade escolar.

Os participantes tornam-se multiplicadores dos temas. São utilizadas ainda imagens tridimensionais do corpo humano, recursos de computação gráfica, educação a distância e produção de estruturas por meio de impressoras 3D. Os alunos são acompanhados por professores da rede responsáveis por cada grupo.

APRENDIZADO

“Eles gostam do PSJD porque aprendem de uma maneira diferente. Além disso, desenvolvem diversas habilidades. Temos depoimentos de alunos que falam que aprenderam a falar em público no programa, a escrever melhor e, com isso, se tornam eternamente gratos. Alguns falam que a ação mudou a história deles”, destacou a coordenadora do programa, Ana Caetano.

Ela também agradeceu o apoio diário do idealizador da iniciativa e chefe da disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da USP, Dr. Chao Lung Wen, e a atuação dos professores. “Ficamos muito felizes com a colaboração dos veteranos, que já ocorre desde 2016. É a prova de que acertamos na fala e na maneira de lidar com os jovens, falamos a linguagem deles e estabelecemos uma parceria incrível”.