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Alunos da Ecofábrica Criativa produzirão peças idealizadas por arquitetos

Publicado: 19 de abril de 2017
16h 00

Peças criadas por arquitetos da Cidade e executadas pelas mãos de futuros marceneiros, tendo como matéria-prima parte das madeiras recolhidas pelo serviço Cata-Treco. A segunda turma do curso de marcenaria ecológica da EcoFábrica Criativa, na Vila Nova, conta com o envolvimento de 30 profissionais liberais do Club Design, que idealizaram projetos a serem concretizados pelos alunos durante três meses de capacitação.

Com aulas três vezes na semana no anexo do Mercado Municipal, eles terão o desafio de transformar pedaços de madeira descartados no lixo em bancos, mesas, conjunto de aparadores e caixas. Também farão bandejas com grades de um velho berço, mesas de centro com paletes e biombos com janelas velhas.

Na aula desta quarta-feira (19), eles contaram com a presença dos arquitetos. “Como portfólio para eles isso é muito bom e agrega valor, pois executarão um produto assinado por um profissional do design”, afirma o gestor do Club Design, Álvaro Guillermo, ressaltando nomes como Irene Lopes Torre, Felipe Torelli e Carla Arigón Felippi, entre os arquitetos que criaram projetos.

O prefeito Paulo Alexandre Barbosa destacou o conceito de ‘cidade criativa’, que engloba a geração de renda por meio da criatividade. “O que a gente vê aqui é a essência da criatividade. São projetos de profissionais de Santos a serviço de alunos. Eles descobrem seus talentos e desenvolvem habilidades que possibilitam a geração de renda em um momento desafiador do País”.

Para o presidente do Club Design, Sérgio Bonito, “o trabalho dará visibilidade aos futuros marceneiros, ao profissional e ao produto”. Ao final do curso haverá exposição e venda das peças. Toda a renda será revertida para compra de material utilizado no projeto. Na ocasião, também estava presente a presidente do Fundo Social de Solidariedade, Maria Ignez Barbosa.

Ofício

No total são 30 alunos que serão divididos em grupos para dar forma às peças, conta o professor Armando Tavares, marceneiro há 20 anos. “Será um desafio a todos e estou desenvolvendo com eles a criatividade, antes de executar as peças. O material recolhido é muito bom, encontramos madeiras nobres e antigas”.

As mãos do aluno Eros Moço Barros da Silva, 18, do São Manoel, lixam a madeira, martelam, constroem. “Sempre gostei de marcenaria desde pequeno. Quero ser autônomo e criar meus próprios móveis. Fazer peças criadas por arquitetos é importante para a gente, pois traz responsabilidade”.

A agente judiciária Elena Martins Barros, 51, do São Jorge, também quer fazer do aprendizado um ofício. “Vou me aposentar e, como adoro marcenaria, quero aprender para complementar a renda. É gratificante ver um pedaço de madeira tomar outra forma”.

Inaugurada pela Prefeitura em junho do ano passado, a iniciativa tem parceria do Club Design e do Centro Paula Souza.

Foto: Isabela Carrari