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Ação conjunta visa combater focos da dengue no porto

Publicado: 27 de julho de 2005
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Uma ação conjunta entre Prefeitura, Estado, governo federal, Codesp e empresas operadoras será desenvolvida no porto de Santos para eliminar os criadouros do mosquito transmissor da dengue, com objetivo de evitar uma epidemia na Cidade no verão de 2006. A medida foi acertada nessa quarta-feira (27), durante reunião entre representantes da Administração Municipal e dos setores envolvidos, no Paço Municipal. A possibilidade de punição contra quem não tomar as providências solicitadas também foi levantada. Os responsáveis pelas empresas que atuam no porto e no retroporto receberão correspondência assinada pelas autoridades municipal, estadual, federal e portuária, esclarecendo a importância da cooperação no combate à dengue. Com o objetivo de ampliar a destruição dos focos, a Codesp designou, na terça-feira (26), 50 funcionários para integrarem o núcleo de prevenção, que cuidará especificamente da questão, segundo informou o seu diretor de infra-estrutura, Arnaldo Barreto. O diretor do Sindicato dos Operadores Portuários (Sopesp), José dos Santos Martins, afirmou: não tenho dúvidas que todos trabalharão em conjunto, exercendo sua responsabilidade e promovendo a prevenção da doença. A responsável pela Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), Maria de Fátima Domingos, afirmou: a infestação do mosquito no porto é grande. Trata-se de uma ampla área, por onde circulam milhares de pessoas de toda a região, onde 20% dos focos estão em poças de água parada dentro de estruturas com telhados quebrados. É preciso uma ação permanente, e não apenas campanhas temporárias. Os próprios trabalhadores e diretores das empresas portuárias adoecerão se os criadouros não forem eliminados, alertou o responsável pela Direção Regional de Saúde – 19, Gilberto Simão Elias. O chefe do posto portuário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Aristides Gonçalves, contou que em 2003 as empresas portuárias foram comunicadas da necessidade de montarem núcleos de prevenção contra a dengue, mas poucas tomaram tal providência. É preciso somar forças, agir em parceria, com responsabilidade, especialmente quanto a destinação dos resíduos sólidos, disse ele. EPIDEMIA A evolução dos índices da dengue em Santos nos primeiros seis meses de 2005 indicam a possibilidade de uma nova epidemia em 2006. Um amplo levantamento atualizado da doença foi apresentado, apontando 1.002 casos confirmados de janeiro ao último dia 22, o que representa uma incidência de 239,7 casos por grupo de 100 mil habitantes, próxima aos 300 que caracterizariam uma epidemia. As análises comparativas mostram que a faixa portuária e retroportuária e os bairros próximos apresentam índices bem maiores de focos que o resto da Cidade. Considerando que em cada caso confirmado, pelo menos outros nove não foram notificados às autoridades sanitárias, é possível calcular que cerca de 70% da população de Santos já contraiu a doença. Com a reincidência, existe a possibilidade da dengue hemorrágica, que pode levar à óbito. Participaram da reunião representantes da Capitania dos Portos, Sindicato dos Transportadores Rodoviários e das empresas Rodrimar, Cargill, Mesquita, Transbrasa, Marimex, Libra, Hipercon, Tecondi, Estrada, Coopersucar, Citrosuco, Teaçú, Moinho Pacífico, Integral, Califórnia, Wilson Sons e ADM Brasil.