Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

A nova cara do Vovô Sabe Tudo

Publicado: 27 de agosto de 2013
13h 03

O treinamento da nova turma do Vovô Sabe Tudo começou nesta terça-feira (27) no Orquidário. E nesta nova edição, chama a atenção o novo perfil dos aprovados: ficou mais jovem, um grau maior de escolaridade e alguns falam inglês, espanhol ou francês.

Segundo Rosana Maria Gomes, responsável pelo programa da Seas (Secretaria de Assistência Social), houve uma mudança no público que se interessou pelo programa, pois as regras e participação continuam as mesmas. Se antes o Vovô Sabe Tudo atraía maiores de 70 anos com ensino fundamental, hoje boa parte dos 120 inscritos no processo seletivo está na faixa dos 60 e possui ensino médio ou superior.

O compromisso desses idosos com a prefeitura é por 18 meses para 20 horas de trabalho semanal. Eles receberão auxílio de um salário mínimo por mês. Nesta primeira etapa são treinadas 16 pessoas: 15 atuarão em locais turísticos e um ensinará jardinagem. Ontem foi feita a apresentação do grupo, entrega de uniforme e material de trabalho. À tarde, eles conheceram os pontos onde o projeto funciona.

Na quinta-feira (29) cada um escolhe o local onde atuará e na próxima semana, receberá treinamento já na unidade escolhida.

A segunda etapa do Vovô Sabe Tudo será em janeiro e envolve cinco contadores de histórias, três com habilidades para artesanato e outro em teatro. O programa é executado em parceria com as secretarias de Turismo, de Educação e de Meio Ambiente.

Destaque

O Vovô Sabe Tudo ganhou em 2009 o prêmio Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil. Isso porque o programa teve sua eficácia comprovada e é de fácil aplicação em outro município. Paranaguá (PR) e Porto Alegre (RS), por exemplo, desenvolvem projeto similar.

Conheça alguns participantes do programa

- Hidely do Nascimento faz parte do novo perfil dos interessados no Vovô Sabe Tudo. Formada em psicologia, está concluindo a pós-graduação aos 63 anos e pensa que pode contribuir para a sociedade expondo os atrativos do município. Ela vive em Santos há dois anos e meio e não vê nisso um obstáculo. “Vamos ser capacitados para atuar”.

- Jether Lúcio Ribeiro tem 63 anos e é técnico em contabilidade. É dos poucos que sabe onde vai trabalhar, pois concorreu à vaga para o novo Museu da Alfândega. Com 30 anos de serviços em recinto alfandegado, usará sua experiência para mostrar um museu que, entre outras atrações, exibe produtos contrabandeados.

- Ronaldo Dias trabalhou 51 de seus 73 anos no Porto de Santos. Foram 30 anos na antiga Companhia Docas e 21 anos em empresas particulares que atuavam no cais. Também trabalhará no Museu da Alfândega e garante que além do conhecimento sobre o material exposto, o que não faltam são histórias para contar do velho porto santista.