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A cada trimestre prontos-socorros fazem mais de cem mil atendimentos

Publicado: 13 de julho de 2004
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Por hábito cultural, uma parcela considerável de pessoas procura os prontos-socorros em busca de atendimento ambulatorial para tratar de doenças crônicas, pegar atestado ou até para fazer um check-up, o que acaba trazendo um acúmulo no atendimento nessas unidades criadas basicamente para urgência e emergência. Esse mau uso dos PSs acaba provocando, algumas vezes, filas de espera e reclamações na parte ambulatorial, uma vez que havendo casos simultâneos de urgência ou emergência, a prioridade da equipe médica deve ser para esses casos. O volume da demanda, nos primeiros três meses do ano, foi de 100.814 pessoas que foram atendidas nos três prontos-socorros da Cidade (Zona Leste, Central e Zona Noroeste). E nesse universo apenas 25% foram urgências (25.204 atendimentos) e 3% (emergências), enquanto o atendimento ambulatorial somou 72% do movimento, ou seja, 72.586 pessoas procurando indevidamente esses serviços. Segundo a chefia do Pronto Socorro Central, a unidade serve para prestar atendimento de urgência e emergência, mesmo porque uma urgência pode se tornar uma emergência. As urgências são casos em que o paciente precisa ser tratado em 24 horas para não sofrer riscos de vir a falecer, tais como crises de asma, fraturas, traumas. Mas também são consideradas urgência, ocorrências como hipertensão elevada, crise de bronco-espasmo, algumas fraturas e cortes. Ou seja, a pessoa não deve deixar esse problema para o dia seguinte e o caminho correto é o Pronto Socorro. Já as emergências têm uma característica mais grave, que exige atendimento imediato. Figuram entre esses casos, pessoas infartadas, esfaqueadas, baleadas, vítimas de derrames, afogamento, politraumatizados em acidentes e assim por diante. Para isso, o Pronto Socorro conta com equipamentos sofisticados (UTI semi-intensiva) que dão o primeiro atendimento antes do paciente ser encaminhado ao hospital, se for o caso. Geralmente pessoas gripadas, com dor nas costas, dor de cabeça forte e febre representam cerca de 70% dos atendimentos. Vale ressaltar que o PS faz um atendimento imediato para resolver o problema do momento. Mas é preciso que o paciente procure por um médico especialista para fazer um tratamento adequado. Caso isso não ocorra, a pessoa pode vir a ter problemas mais sérios com o agravamento de alguma doença. QUANDO IR O PS deve ser procurado em caso de febre, diarréia e vômitos persistentes, dor de cabeça intensa, dor abdominal intensa, ferimentos com sangramento, traumas, fraturas, entorses e luxações. E, também, dor no peito (hipertensos e cardíacos), hipertensão arterial (dor na nuca, tontura, pressão alta), hipotensão arterial (palidez, suor, frio, pressão baixa). Além de sangramentos, crise convulsiva, bronquite, asma, falta de ar, queimaduras e desmaios. É importante lembrar que, em casos de emergências e urgências, para solicitar uma ambulância é só ligar para o 192. QUANDO NÃO IR Esta unidade não deve ser procurada para pedir atestado médico, medir pressão arterial, fazer inalação com receita, fazer um check-up, ou mesmo exames de laboratório. Nem para pegar receitas médicas, fazer curativos, retirar gesso, consulta com médicos especialistas, teste de gravidez e tomar vacinas. SERVIÇOS OFERECIDOS Os três Prontos Socorros de Santos realizam, além de urgência e emergência, clínica médica, ortopedia, serviço de RX, procedimentos de enfermagem (curativos, medicações intramuscular ou endovenosas, inalações e eletrocardiograma). É importante destacar que o PS Central é referência para serviço anti-rábico e mantém UTI semi- intensiva, além de odontologia. Já o PS da Zona Leste é ainda referência em casos de dengue e mantém serviços de odontologia e pediatria. O PS da Zona Noroeste é referência em psiquiatria e também possui atendimento pediátrico. CONFIRA OS NÚMEROS Balanço do número de atendimentos nos Prontos-Socorros de Santos; Período de janeiro a março de 2004: 100.814 atendimentos no total; 72% ambulatoriais, o que representa 72.586 atendimentos, 25% urgências, o que representa 25.204 atendimentos, 3% emergências, o que representa 3.024 atendimentos; Mês de Janeiro de 2004 – atendimentos em cada Pronto-Socorro. Pronto Socorro Central – PSC: 11.672 atendimentos/mês; 402 emergências/mês; 390 atendimentos/dia; 13 emergências/ dia – o que corresponde a 4,1 de emergências diárias. Pronto Socorro Zona Leste –PS ZL: 11.528 atendimentos/mês; 478 emergências/mês; 384 atendimentos/dia; 16 emergências/ dia – o que corresponde a 4,1 de emergências diárias Pronto Socorro Zona Noroeste – ZN: 10.972 atendimentos/mês; 91 emergências/mês; 365 atendimentos/dia; 11 emergências/ dia – o que corresponde a 4,1 de emergências diárias.