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1ª barca da cultura emociona moradores da área continental

Publicado: 27 de novembro de 2006
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Quando a 1ª Barca da Cultura atracou na Área Continental de Santos, no sábado (25), as localidades de Ilha Diana, Monte Cabrão e Caruara se transformaram num verdadeiro picadeiro ao ar livre. A caravana marítima, realizada pela Prefeitura de Santos, por intermédio da Secretaria de Cultura (Secult), percorreu os três locais, usando duas escunas decoradas especialmente para a ocasião. Antes da chegada da barca, os bairros receberam apresentações de capoeira, dança de rua e outras atividades. A manifestação cultural, que emocionou muitas pessoas, homenageou o centenário do diplomata e teatrólogo Paschoal Carlos Magno (idealizador da famosa Barca da Cultura, ocorrida em 1974, nas margens do Rio São Francisco). A Secult, inspirada neste processo de descentralização cultural, resolveu seguir o exemplo e teve aprovação total dos moradores e público em geral, que enalteceram a iniciativa. O evento também contou com a participação dos representantes da Funarte, Marcelo Mourão e Martinho de Carvalho (amigo pessoal de Paschoal Carlos Magno). Martinho, que estava encantado com a festa, se sensibilizou ao ver a alegria da população. Eu fiquei muito emocionado quando embarquei aqui, afinal participei da 1ª Barca da Cultura, em 1974. Martinho conheceu Paschoal em 1946 e a partir daí nasceu uma grande amizade entre ambos. A contribuição dele foi imensa para a cultura do país, acrescenta. A FESTA O primeiro local a receber a caravana foi a Ilha Diana. A festa teve início com uma performance teatral, na qual o ator Sílvio Roupa interpretou Paschoal Carlos Magno. Depois, um grande cortejo artístico invadiu a ilha, empolgando crianças e adultos de todas as idades. Em todas as paradas, o público, sempre atento, interagiu com os artistas e apreciou números circenses, apresentações de teatro, música, capoeira e dança de rua. Os responsáveis pela animação foram os grupos Trupe Olho da Rua, Tescom, Ouro Verde, Camerata de Violões Heitor Villa-Lobos, Escola de Circo, Banda da Alegria e grupo Raízes. Também foi distribuído um kit às crianças, contendo um brinquedo, um livro e uma revista. Muito emocionada com as apresentações, a moradora da Ilha Diana há mais de 40 anos, Benvinda Querino do Nascimento, 72 anos, afirmou que nunca tinha visto palhaços e apresentações desse tipo. Com lágrimas nos olhos, ela agradeceu pela visita da Barca. Fico feliz de terem vindo para cá. Nestes anos, nunca tinha visto um circo de perto, nem uma banda de música. O professor da Escola Rural da Ilha Diana, Anderson dos Santos Andrade, 25 anos, afirmou que os alunos estavam ansiosos para a chegada da Barca. Durante as aulas, eu preparei as crianças, expliquei sobre a importância do evento e, inclusive, utilizei um trecho do texto Odisséia (de Homero) para trabalhar o tema com a classe. No Monte Cabrão e Caruara dezenas de crianças já estavam aguardando a chegada da Barca, que levou as mesmas atrações. Moradora de Monte Cabrão, Conceição Aparecida Campos Sales, de 12 anos, aprovou a idéia. Já participei de algumas apresentações na minha escola e o que estou mais gostando é a dança de rua.