Torcedor do Santos FC, Guilherme Arantes tem dia de tiete no Museu Pelé
O cantor e compositor Guilherme Arantes inverteu os papéis, vestiu a eterna camisa 10 autografada pelo Atleta do Século e viveu um dia de tiete ao visitar, nesta sexta-feira (17), o Museu Pelé, marcando seus dois anos de abertura ao público.
“Ele é meu ídolo e forma, com Ray Charles e Cassius Clay (Muhammad Ali), minha tríade de ouro”, comentou o artista, relembrando que, por volta de seus 12 anos, “o Santos Futebol Clube era a minha vida”.
A camisa foi entregue pelo atacante Ricardo Oliveira, do Santos Futebol Clube, que acompanhou a visita e dividiu com o artista os holofotes da imprensa, autógrafos, fotos e selfies com os fãs.
Acompanhado da esposa Márcia Gonzalez, com quem se casou no último dia 14, Arantes veio à Cidade para dois shows em comemoração aos 40 anos de carreira. Márcia é a quarta esposa do cantor, que tem cinco filhos e mora atualmente em Barra do Jacuípe, perto de Salvador (BA).
Detendo-se nas imagens e objetos expostos na Linha do Tempo do museu, Guilherme diz que aos nove anos, ao acompanhar a Copa de 1962 no Chile, começou a torcer pelo alvinegro praiano. “Pelé se machucou e foi substituído pelo Amarildo”, relembrou, acrescentando ter tido a “honra” de ver Pelé, Coutinho e Garrincha em ação.
Família
A paixão era tanta que Guilherme conta que “quando o Santos perdia, eu entrava em luto e nem queria ir para a escola”. Mas o pior mesmo, reconhece, era quando a derrota era para o Corinthians. O cantor herdou do pai, Gelson, e do tio, Sebastião, o amor pelo time e pela Cidade.
“Santos era a cidade referência da gente”, prosseguiu, explicando que o pai morou alguns anos na cidade, onde também o tio se formou e iniciou a carreira de delegado. Guilherme e Pelé compartilham o mesmo sobrenome Arantes e o cantor refere-se ao ídolo como “primo”.
E a expicação é histórica. “A família Arantes é uma só, originária de Braga, norte de Portugal. Com dom João 6º, chegou ao Brasil o farmacêutico Manuel Arantes, que aqui constituiu família. Uma ramificação da família, a minha, estabeleceu-se no Vale do Paraíba e outra, a do Pelé, no sul de Minas. Era uma linhagem de homens livres”.
Resultado: até hoje o chamam de Guilherme Arantes do Nascimento. “Isso acontece até nos hotéis”, diverte-se.
Foto: Susan Hortas