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Simulado da Defesa Civil mobiliza comunidade do Marapé

Publicado: 30 de novembro de 2012
20h 00

O secretário nacional da Defesa Civil, Humberto Viana, destacou na abertura do simulado 'Abandono de Área', realizado na manhã deste sábado (1º) com a comunidade do Morro do Marapé, que investir em prevenção é o melhor caminho quando se trata de desastres naturais. "Santos está demonstrando que está preparada: com as áreas de risco mapeadas e a conscientização dos moradores".

Promovido com esta finalidade pelas coordenadorias regional e municipal de Defesa Civil, o exercício mobilizou mais de 100 pessoas, entre técnicos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), IG (Instituto Geológico), Defesa Civil municipal, estadual e nacional, além de Corpo de Bombeiros, servidores municipais e representantes de outros municípios do litoral e do interior do Estado.

Também presente à abertura, o prefeito João Paulo Tavares Papa ressaltou os resultados do trabalho preventivo da Defesa Civil em Santos, que há quase 12 anos não registra ocorrências com vítimas fatais nos morros da Cidade. "Isto comprova a interação com a comunidade na prevenção, por meio dos Núcleos de Defesa Civil, e a eficácia das obras que a prefeitura vem promovendo nas áreas de risco".

Segundo Papa, nos últimos oito anos foram mais de 150 intervenções para garantir a segurança dos moradores dos morros, e ainda há verba de R$ 6 milhões do Programa Santos Novos Tempos para novas obras.

O exercício envolveu famílias que vivem em áreas mapeadas no atual PMRR (Plano Municipal de Redução de Riscos). No total, o plano indica 22 áreas e 104 setores divididos entre riscos muito alto, alto, médio e baixo. Para cada um são indicadas intervenções que vão de limpeza de terreno a obras de drenagem até remoção de famílias.

Segurança
O simulado ensinou aos moradores, já previamente convidados a participar, como se dá a remoção preventiva em área de risco alto e em situação de alerta (com acumulado de chuva acima de 100 mm nas últimas 72 horas). "Neste caso, simulamos como os moradores devem deixar suas casas para garantir a própria segurança e a dos familiares", explica o chefe da Defesa Civil de Santos, Daniel Onias.

Os técnicos bateram na porta dos moradores e os pediram para sair, entregando um adesivo da Defesa Civil para identificação. Na sequência, os participantes desceram o morro e dirigiram-se à sede da escola de samba União Imperial, onde receberam lanche e assistiram à palestra da Defesa Civil Estadual e vídeo do IPT sobre riscos e prevenção.

Moradora do sopé do Morro do Marapé, a cozinheira Reve Menezes Bispo considerou importante a atividade para a preparação da comunidade. "Estamos aprendendo o que fazer na hora do sufoco". Voluntário do Nudec (Núcleo de Defesa Civil) do Marapé, Dalve Negrão dos Santos, destacou o envolvimento dos moradores. "Essa população participa bastante nas ações de prevenção".

PPDC
A ação marcou ainda o início do PPDC (Plano Preventivo de Defesa Civil) 2012/2013, que ficará em vigor nos 17 morros da Cidade até 30 de abril, época em que aumenta a incidência de chuvas.

A Defesa Civil trabalha com quatro níveis de operação: ‘observação’ (acompanhamento intensivo do nível de chuva e vistorias nos morros), ‘atenção’ (acumulado de 72h com 100 mm); ‘alerta’ (sinais de escorregamentos, frente fria de longa duração e acumulado superior a 100 mm, com remoção preventiva) e ‘alerta máximo’ (registro de escorregamentos generalizados, com necessidade de remoções).

Sob coordenação da Defesa Civil (órgão ligado à Secretaria de Segurança), o plano envolve cerca de 200 funcionários da administração municipal em regime de 24 horas de plantão, além da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), FSS (Fundo Social de Solidariedade), Prodesan, polícias Militar e Ambiental, Ministério Público, Sabesp, CPFL e Telefônica. Em caso de emergência, a recomendação é ligar para o 199.