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Setur participa da campanha nacional contra exploração sexual de crianças e jovens

Publicado: 10 de dezembro de 2015
13h 32

A Setur (Secretaria de Turismo) vestiu, literalmente, a camisa da campanha nacional contra a exploração sexual de crianças, jovens e adolescentes, lançada oficialmente na manhã de hoje (9) na Baixada Santista, em parceria com a Secretaria de Estado de Turismo. O coordenador geral de Proteção à Infância, Adelino Silva Neto, falou, durante solenidade na Associação Comercial, sobre esse  programa do Ministério do Turismo (Mtur) e fez a adesivagem simbólica de micro-ônibus de transporte alternativo, táxis e van de agência de receptivo.  

A Seção de Serviços Turísticos da Setur recebeu camisetas com o slogan da campanha nacional "Proteja Brasil", o Posto de Informações Turísticas da Praça Mauá já dispõe de cartazes e os demais PITs receberão, ainda esta semana, material de conscientização. Além disso, o Portal de Turismo de Santos e suas redes sociais já contam com o logotipo da campanha, que destaca o Disque Direitos Humanos 100, que permite ligação gratuita de qualquer cidade do País, 24h por dia.  

O objetivo da campanha é sensibilizar os profissionais que atuam em bares, restaurantes, pontos turísticos e meios de hospedagem sobre a importância de atuar preventivamente e denunciar em caso de suspeitas de crime. “Na Olimpíada, o Brasil receberá 10.500 atletas de 205 países, além de turistas de diversas nações, que visitarão destinos além do Rio de Janeiro, a cidade-sede. A criança vitimada não fala, temos que falar por ela. A exploração sexual é crime e o turismo não pode ser associado a isso”, afirmou Adelino Neto.

Participaram do evento, promovido pela Delegacia de Turismo da Baixada Santista e Vale do Ribeira, representantes das prefeituras de Santos, Cubatão, Peruíbe, São Vicente, Mongaguá e Guarujá; Assembleia Legislativa; Agem; Santos & Região Convention e Visitors Bureau, e Sindicato de Hotéis.

Perfil dos exploradores

De acordo com levantamentos do Ministério do Turismo, homens desacompanhados, entre 20 e 40 anos, da classe média formam o perfil principal dos  interessados em turismo sexual. A nacionalidade italiana lidera a procedência, seguida por alemães, holandeses, portugueses, norte-americanos e ingleses. “Já os explorados têm geralmente baixa renda e baixa escolaridade, são vulnerável socialmente e buscam melhores condições de vida”, prosseguiu Adelino Neto.

A campanha Proteja Brasil, explicou o coordenador do MTur, tem como foco principal os agentes facilitadores. A exemplo dos taxistas (fazem o primeiro contato com o turista), hotéis (fazem chamada ou agendam o encontro), garçons (recebem gorjeta para a indicação), agentes de viagem (oferecem serviço de acompanhante) e os familiares (permitem/facilitam o crime).

Em 2003, foram registradas 4 milhões de denúncias no País, ou seja, cerca de 600 por dia. No ano passado, só o Disque 100 registrou 5.400 denúncias. “Mas acreditamos que só 20% dos casos chegam ao conhecimento das autoridades”, afirmou ele, destacando que a liderança da comunicação é de São Paulo. “É o estado com mais pessoas conscientes sobre esse grave problema.”

Pelo aplicativo Proteja Brasil, desenvolvido em parceria com o Unicef (órgão das Nações Unidas para a Infância), é possível identificar os órgãos de proteção a crianças (até 12 anos incompletos), adolescentes (entre 12 e 18 anos) e jovens (de 18 a 29 anos) mais próximos do internauta. Durante a Copa, ano passado, foram realizados 14 mil downloads do aplicativo. Dentro de seis meses, o Mtur pretende divulgar resultados da campanha nacional.