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Prefeitura reforça segurança na área de destroços de embarcação

Publicado: 5 de setembro de 2017
12h 40

Para reforçar a segurança no entorno da área onde foram descobertos destroços de uma embarcação, junto ao canal 5, na Praia do Embaré, no dia 22 de agosto, a Prefeitura já começou a adotar diversas medidas.

Na manhã desta terça-feira (5), operários da Subprefeitura da Zona da Orla e Intermediária reforçaram a sinalização do isolamento do trecho, que é mantido desde o aparecimento dos destroços.

Outra iniciativa a ser tomada será o redirecionamento de uma das câmeras da orla da praia para o trecho delimitado. Além disso, a Prefeitura manterá acesa a torre de iluminação próxima à área durante toda a noite.

As medidas atendem a orientação do Ministério Público Estadual (MPE), em reunião realizada nesta segunda-feira (4), em sua sede. Na ocasião, o promotor de Justiça do Meio Ambiente de Santos, Daury de Paula Júnior, informou que expedirá ofício à Polícia Militar para fazer o patrulhamento da área isolada, com apoio da Guarda Municipal, para impedir o acesso de curiosos, por tratar-se de área de pesquisa, cuja violação configura crime contra o patrimônio ambiental”. 

Pesquisa

O arqueólogo Manoel Gonzalez, que lidera um grupo de estudos criado para identificar à qual embarcação pertence o material, protocolou pedido para pesquisa e exploração da área junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A autorização de pesquisa interventiva na área também foi solicitada à Marinha.  Segundo o arqueólogo, nos próximos dias um sonar deverá ser utilizado na área. O equipamento fará um Raio X do solo para identificar a dimensão completa do navio. “Vamos fazer um estudo mais detalhado para entender o que realmente está embaixo da areia, qual a verdadeira dimensão e a profundidade da embarcação”, explica Gonzalez.

História

O arqueólogo conta que através de informações obtidas num catálogo global de naufrágios, é provável que os restos sejam do navio de transporte de cargas Kestrel, de bandeira inglesa, que pode ter naufragado naquele trecho da orla em 11 de fevereiro de 1895.

O episódio foi noticiado nos jornais Comércio de São Paulo, no Santos Comercial e Correio Paulistano. O naufrágio pode ter ocorrido após uma tempestade, quando navio já tinha sido descarregado e estava ancorado na barra. Na ocasião, três tripulantes estavam a bordo. 

Placas

De acordo com a subprefeita, serão instaladas placas informativas sobre os trabalhos no trecho isolado, além de uma, em especial, contendo dados sobre o veleiro Kestrel. “O objetivo é assegurar a preservação da área de pesquisa arqueológica”.

Fotos: Rogério Bomfim