Palestra alerta alunos da rede sobre o jogo da 'Baleia Azul'

“O Baleia Azul não é um jogo da internet, é adestramento de menores. Os adolescentes que participam disso têm um perfil de depressão, sem atenção dos pais, com falta de diálogo”. O alerta é da orientadora educacional da rede municipal de ensino, Christiane Cordeiro Andrea, que nesta quarta-feira (3) realizou palestra de conscientização para 190 alunos do 7º ao 9º ano da escola Avelino da Paz Vieira.

O jogo, que estimula o suicídio de adolescentes, incita os participantes, geralmente em grupos secretos no Facebook, a completar 50 desafios diários, que conduzem lentamente à morte. A maior parte deles está relacionada à automutilação, como desenhar uma baleia no braço com uma navalha.

Christiane destacou que o jogo envolve dor física, psicológica e emocional. “Há outros jogos macabros. Peça ajuda a alguém de sua confiança se for desafiado a participar de algum”. Ela indicou o 180 para denúncias anônimas, além das páginas www.denuncie.org.br e http://new.safernet.org.br//helpline.

Depoimentos

Laryssa Freitas de Oliveira, 14, disse que já recebeu print para jogar, mas negou. “Acham que é diversão, não têm o que fazer. Conheço um garoto que jogou só a primeira fase e desistiu porque viu que era uma grande besteira”.

Letícia da Silva Nunes, 13, acredita que quem joga tem algum tipo de sofrimento, não quer mais ter a vida que leva. Cristóvão Martins, 13, gostou da iniciativa porque acha que vai abrir a cabeça dos jovens para mostrar o estrago que o jogo faz. “Eu jamais faria isso”.

Serviço

Denúncias sobre a prática: número 180, www.denuncie.org.br e http://new.safernet.org.br//helpline

Foto: Raimundo Rosa