Museu do Café recebe mais de R$ 3 milhões para obras de restauro

Começa dia 20 o restauro do conjunto mobiliário do Salão do Pregão e do vitral do pintor Benedicto Calixto do Museu do Café (Rua XV de Novembro, 95, centro). O recurso para execução dos serviços é de R$ 3.13 milhões, viabilizado pela assinatura do Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TCAC) entre Instituto de Preservação e Difusão da História do Café e da Imigração (INCI), Ministério Público do Estado de São Paulo e Ecoporto.

A celebração do acordo aconteceu nesta terça-feira (10), com presença do prefeito Paulo Alexandre Barbosa, secretário de Estado da Cultura, Marcelo Araújo; procurador-geral de Justiça do Estado, Marcio Fernando Elias Rosa; promotor de Justiça de Urbanismo e Meio de Ambiente de Santos, Daury de Paula Júnior; do arquiteto do Instituto Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), Vitor Hugo Mori, além de outras autoridades.

O restaurador Julio Moraes cuidará da primeira etapa: a recuperação da estrutura do cadeiral, fragilizada pelo excesso de uso ao longo do tempo, segundo Marília Bonas, diretora executiva do Museu do Café. A segunda etapa será a retirada do vitral para restauração a cargo do especialista Antônio Sarasa.

“Em 1998, o vitral passou por um processo de conservação, algumas partes foram substituídas e até perdemos alguns desenhos. Tudo será recuperado. Além disso, será feita uma proteção específica para que o vitral aguente qualquer intempérie ou vibração”, explicou Marília.

Outros serviços

Com a verba também será possível instalar equipamentos para controle de temperatura e umidade de determinadas áreas do edifício, visando atrair exposições internacionais; e a produção de um livro sobre café, ferrovia e porto. A previsão da diretora do museu é de um ano para os projetos serem concluídos.

Na solenidade, o prefeito destacou a iniciativa que reflete o conceito da boa parceria. “Esse trabalho será muito importante. O café faz parte da história da cidade, tem uma importância no desenvolvimento econômico de Santos e precisamos valorizar e preservar a nossa história”.

De acordo com o promotor de Justiça de Urbanismo e Meio Ambiente de Santos, responsável por elaborar o TCAC, a verba para as obras e serviços é uma medida compensatória dos impactos decorrentes da ampliação do Terminal Ecoporto.

Foto: Isabela Carrari