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Justiça Restaurativa é apresentada a diretores e supervisores

Publicado: 30 de junho de 2017
15h 45

Diretores e supervisores da rede municipal de ensino estão participando, esta semana, à tarde, na Secretaria de Educação (Seduc), de encontros de apresentação do programa Justiça Restaurativa, um novo modelo de mediação de conflitos, por meio do diálogo com todos os envolvidos e a comunidade escolar, baseado na reparação do dano e não na punição.

A iniciativa visa às formações dos futuros facilitadores, a partir de agosto de 2017, com duração de um ano e aulas mensais de quatro horas. Cada diretor deve indicar quatro pessoas de sua escola (duas de cada período) para fazer o curso.

A coordenadora operacional do programa na Seduc, Liliane Claro de Rezende, e sua equipe apresentaram o histórico da iniciativa, que foi aprovada em segunda votação para ser lei; sua evolução e consolidação e também contou alguns casos desafiadores enfrentados. Depois, foi realizado um círculo de convivência com os presentes.

Para a diretora da escola Luiz Carlos Prestes, Maria Palmira Freitas Rodrigues, “é de pequeno que se aprende a cultura da paz”. A unidade tem 260 alunos de 3 a 5 anos e, na sua opinião, o mais importante é aprenderem a escutar e não julgar.

Já para a diretora da escola Leonardo Nunes, Rosa Cristina Agapito Galvão, o programa é maravilhoso, uma vez que a unidade atende 1.280 estudantes do 1º ao 5º ano e Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Já estou familiarizada com os princípios da Justiça Restaurativa, fiz pós-graduação em jogos cooperativos. Tinha isso dentro de mim e não sabia”.

Histórico

A Justiça Restaurativa iniciou em Santos em outubro de 2014, em nove escolas-piloto. Hoje inclui 28 unidades, beneficiando 15.614 alunos, com formação de educadores, técnicos do Judiciário e membros da comunidade como facilitadores de práticas restaurativas. Atualmente são 232 agentes de paz.

Em agosto passado, foi concluída a capacitação de 106 novos facilitadores, que são professores, inspetores de alunos, cozinheiros, entre outros profissionais, aptos a intermediar e prevenir ocorrências (bullying, brigas, problemas familiares, entre outros), por meio do diálogo entre as partes envolvidas (estudantes, familiares e educadores) em práticas circulares (círculos de paz).

Também foram formados 41 multiplicadores do programa, entre professores, orientadores pedagógicos, supervisores de ensino, assistentes sociais, psicólogos, conselheiros tutelares, guardas municipais, entre outros. Estes atuam para difundir a prática e contribuir na formação dos facilitadores.