Grupo para controle da obesidade completa um ano transformando a vida dos pacientes

Há quem tenha eliminado 60 kg, outros, 5 kg. Nesta matemática o mais importante não é o número, mas a mudança permanente de hábitos para garantir mais qualidade de vida. É partir desse entendimento que os ambulatórios de especialidades da Secretaria Municipal de Saúde estão inserindo pacientes acima do peso em grupos de controle da obesidade.

Na Zona Noroeste, o grupo de adultos está completando um ano e coleciona bons resultados. Valdir Melo, 38 anos, está entre os cerca de 20 participantes. Estava na fila para cirurgia de redução de estômago quando aderiu. Em um ano eliminou 40 kg. “Tudo mudou. Hoje me sinto animado, disposto a caminhar, com a respiração melhor. O apoio do grupo foi fundamental pela troca de experiências”, conta ele, que não precisa mais de cirurgia.

Outro exemplo é Nanci Primo, 50, que eliminou cerca de 15 kg. “As dicas ajudam muito. Antes eu não comia quase saladas, verduras, frutas. Hoje sinto falta se não como”.

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Na Zona Noroeste e no Centro há grupos específicos para adultos e crianças, com atendimento integrado de endocrinologia, nutrição e enfermagem, além de encaminhamento para terapia comunitária e atividade física. Os pacientes chegam encaminhados pelas unidades básicas de saúde.

“Sempre solicitamos os exames e damos as primeiras orientações. Nosso principal objetivo não está ligado a uma meta numérica e sim à qualidade de vida. Temos pacientes que precisam perder muito peso, mas com a redução de 5 kg já conseguem amarrar o próprio sapato, passar na catraca do ônibus, caminhar sem sentir falta de ar. Isso é mais qualidade de vida”, detalha a endocrinologista Paula Fábrega.

A cada encontro ela aborda um tema diferente, que pode ajudar a todos. Como a importância de comparar os rótulos de produtos integrais e desnatados. “O vínculo de confiança que criam com os colegas e os profissionais é muito importante. É uma alegria quando sobem na balança e o resultado é positivo, quando aferimos a pressão arterial e está equilibrada”, afirma a enfermeira Ana Patrícia Araújo.

Cada paciente segue um cardápio personalizado, elaborado pela nutricionista Mara Sylvia Diniz. “O que queremos é a mudança de hábitos. Nas reuniões em grupo tiramos dúvidas comuns, damos dicas sobre chás, sucos, fibras, entre outras”.