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Ginástica oriental melhora qualidade de vida de servidores

Publicado: 13 de dezembro de 2010
20h 00

“Precisamos ser como o bambu: flexíveis, porém firmes”. As palavras da especialista em filosofia oriental, Maria Estela Viscardi, vêm transformando o dia a dia de 20 funcionários da Seserp (Secretaria de Serviços Públicos), que há três meses participam do projeto-piloto de prevenção, saúde e qualidade de vida da prefeitura, iniciado com a prática da ginástica terapêutica chinesa Liang Gong.

Trabalhando mente e corpo, a atividade desenvolvida pela Seges (Secretaria de Gestão) tem proporcionando benefícios aos servidores municipais. Formado por pedreiros, coveiros, motoristas, ajudantes gerais, marceneiros, eletricistas, entre outros profissionais, o grupo pioneiro aprende a técnica chinesa criada pelo ortopedista Zhuang Yuen Ming, na década de 60, em aulas três vezes por semana, antes do expediente.

Ao som de músicas orientais, se movimentam da cabeça aos pés, trabalham a musculatura e aprendem a respirar corretamente. “Inspira, estica o braço e solta o ar”, conduz a professora Maria Estela em um dos exercícios.

Sentados em colchonetes, alongam o corpo e o massageiam com as próprias mãos. “Com a prática, eles adquirem consciência corporal, partindo do conhecimento de onde fica o pulmão, fígado e baço, por exemplo. Resgatamos o ser humano. Eles chegaram aqui de um jeito e hoje são outras pessoas”, diz ela.

Da resistência à aceitação
No primeiro dia de aula, em 6 de outubro, o faxineiro Nilson de Andrade, 51 anos, relutante, não imaginava os benefícios que a prática iria proporcionar. Hoje, a transformação é notória. “Na primeira vez, vim por obrigação. A gente estranha no começo, mas depois gosta”, disse ele, agradecendo a professora por ter ‘puxado sua orelha’ na aula. “A atividade tira os pensamentos ruins da minha cabeça. Me sinto mais leve, mil vezes mais saudável. Sinto meu corpo melhor”, acrescenta.

Mais leve também está o trabalho de João Trajano Filho, 43, coveiro no cemitério da Areia Branca, que descobriu na prática um remédio. “Sentia dores na perna e na coluna. Agora acordo com mais disposição. Eu achava que nos dariam medicamento, mas vi que o remédio foi outro”. Quem também se sente mais ‘ativo’ é o pedreiro José de Oliveira, de 54. “A dor que eu tinha melhorou e sinto meus músculos mais firmes”.

Para o marceneiro João Barbosa da Silva, de 61, a atividade está resultando em mais mobilidade, pois sofreu um AVC em 2006. “O exercício me faz bem, sinto-me leve”. No próximo dia 22, todos participarão de confraternização na Seges, com direito a café da manhã e amigo secreto.