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Ginástica artística: muito além do benefício físico

Publicado: 2 de julho de 2015
13h 05

Barras assimétricas, argolas, saltos mortais. Tudo com ritmo, graça e beleza. Parece difícil unir força e equilíbrio a movimentos suaves e leves. Mas, é justamente esta união de contrastes que faz da ginástica artística um dos esportes mais completos no que diz respeito a saúde e bem-estar físico.

Presente desde a primeira competição da Olimpíada da era moderna, realizada em Atenas, em 1896, a ginástica ainda é um dos esportes olímpicos que mais chamam atenção das meninas, mesmo as mais pequenas.

Não é à toa que mesmo distante dos períodos da competição, o número de alunas em academias, clubes e projetos que oferecem a modalidade segue em alta. A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Esportes (Semes), atende 150 alunos — entre crianças e adolescentes, de ambos os sexos. As inscrições, geralmente, são abertas no início do ano e divulgadas no Diário Oficial, e sempre há lista de espera.

A educadora física e também ginasta Ana Beatriz Leiros Kitahara, de 49 anos, coordena as aulas ministradas no ginásio do Clube Internacional de Regatas (Av. Saldanha da Gama, 5, Ponta da Praia). As aulas são divididas por turmas, de acordo com a idade e a experiência dos participantes.

Vantagens

Além da questão artística e prazerosa proporcionadas pela prática da ginástica, a modalidade oferece resistência, fortalecimento muscular, alongamento e flexibilidade. “O esporte exige um profissional completo em todos os aspectos, porque, inclusive, ultrapassa o físico”, desta Ana Beatriz.

É a mente, responsável por todos os comandos físicos, a parte mais exigida. O medo dos saltos, piruetas e movimentos arriscados é, muitas vezes, mais difícil de ser controlado do que a execução do próprio exercício.

Por isso, a prática desde a primeira infância — os alunos mais novos na Semes têm 4 anos — é fundamental para o desenvolvimento do atleta. “A criança vai ganhando confiança, o que é muito importante no aprendizado dos movimentos mais elaborados, assim como para o desenvolvimento do próprio atleta”, ensina a ginasta.

É claro que os limites sempre devem ser respeitados, assim como as regras de segurança para evitar acidentes. “Aos poucos cada um vai compreendendo seus próprios limites e aprendendo a lidar com eles. Isso ocorre de forma natural, com a prática”, finaliza Ana Beatriz, dizendo que a parceria e apoio da família é fundamental.

Estatura

As melhores ginastas também são as mais baixas. A fama das atletas, que caracteriza o esporte, não é verdade absoluta. No entanto, treinadores e atletas admitem que as pequenas levam certa vantagem.

Isso porque os aparelhos e equipamentos são construídos para atletas mais baixas. A explicação está na física: a altura contribui para a concentração do movimento no centro gravitacional.

Sob o olhar da mecânica, os saltos para serem realizados necessitam velocidade na direção horizontal, mas também de um grande impulso que auxilie a permanência no ar durante o maior tempo possível.

Muitos especialistas estudam movimentos do corpo e como atletas conseguem desempenhar performances muitas vezes inimagináveis. Ana Beatriz garante que para conseguir, basta esforço e orientação adequada. “Mesmo alunas mais altas e que começam no esporte com mais idade têm a possibilidade de atingir níveis mais avançados. A vontade e o empenho contam muito”, conta.

Foto: Susan Hortas