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Festival de capoeira lota Concha Acústica com apresentação inclusiva

Publicado: 1 de agosto de 2015
15h 03

Com 60 participantes de todas as idades, etnias, gêneros e condições físicas, o 3º Festival Municipal de Capoeira de Santos lotou as arquibancadas da Concha Acústica na tarde de sábado, 1º de agosto. O evento é promovido pela Secretaria de Defesa da Cidadania, por meio da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial e Étnica, e realização do Conselho Municipal de Participação da Comunidade Negra.

“É uma demonstração inclusiva e pedagógica dos benefícios que a capoeira traz – formação corporal e de caráter e o resgate da cultura brasileira”, explicou mestre Márcio Rodrigues dos Santos, da Capoeira Escola/Capoeira para todos. A iniciativa reuniu, ainda, as academias Senzala, Capoeira Santista e Grupo Arte de Gingar.

À frente da Coordenadoria de Igualdade Racial, Jorge Fernandes destacou que o festival faz parte do calendário municipal pela lei municipal 2009/2002, sempre realizado no mês de julho.

Para todos - Maria Célia da Silva, de 64 anos, há quatro iniciou na capoeira e se livrou de uma depressão. “Perdi minha mãe e fiquei mal. Era meu sonho fazer capoeira, mas como tive poliomielite aos 3 anos, achei que não era possível. Aí resolvi tentar e hoje estou muito bem”.  

A família do mestre Márcio também pratica o esporte e marcou presença com a esposa Vanessa Peres, 39, e os filhos Marcos, 4, Manuela, 6, e Bruno, 14. O adolescente, que começou aos 2 anos, disse que até para jogar futebol a capoeira ajuda. “Dá agilidade e noção de espaço. Além disso, aprendemos a ter respeito com o mestre e parceiros”. Vanessa acrescentou: “A gente não luta contra, luta com”.

Cláudio Valério Ferreira Júnior, 30, capoeirista há dois, tem paralisia cerebral e triplegia e ginga com vontade. “Melhora os movimentos e faço amigos”.

Com 86 anos, Saulo Medeiros, conhecido como Luizinho, faz parte da Capoeira da Maturidade no Centro de Convivência (Cecon) da Zona Noroeste faz três anos. “Hoje estou na plateia prestigiando, mas jogo também”, afirmou, aplaudindo as demonstrações. “Meu professor é mestre Bira e sou cordão amarelo”.

Foto: Anderson Bianchi